(Ufscar 2003) Observe o mapa.
O país destacado no mapa viveu cinco séculos de domínio português e mais 25 anos de ocupação Indonésia, até a sua independência, definida por plebiscito, em 1999. Após essa data, esteve sob intervenção da ONU, que realizou a administração provisória do país durante dois anos, obrigando a Indonésia a acatar a autonomia política da nova república. Esses fatos demonstram que
o confronto entre Portugal e Indonésia para manter o domínio sobre esse país exigiu que a ONU interviesse para garantir a opção socialista escolhida no plebiscito.
permaneceram interesses colonialistas, durante o século XX, mesmo que organismos supranacionais, como a ONU, tenham sido criados para garantir a autonomia política.
países pequenos e atrasados, quando obtêm independência política, sempre ficam sob tutela da ONU, que tem como principal objetivo ensiná-los a se autogovernar.
organismos supranacionais, como a ONU, defendem a permanência de relações do tipo colonial, desde que essas relações não impliquem em conflitos internacionais.
a ONU foi criada quando predominavam relações coloniais, para defender o fim dessas relações entre as nações, auxiliando a independência das colônias.
Gabarito:
permaneceram interesses colonialistas, durante o século XX, mesmo que organismos supranacionais, como a ONU, tenham sido criados para garantir a autonomia política.
A criação da ONU, após a Segunda Guerra Mundial, teve como um dos principais objetivos a manutenção da paz mundial. Dessa forma, o princípio do respeito à autonomia política cumpriu o papel de conter possíveis incursões expansionistas, um dos fatores que levaram à ocorrência das duas grandes guerras mundiais (1914- 18 e 1939-45). Contundo, muitas vezes, os interesses de grandes potências prevaleceram sobre o princípio do respeito à autonomia política. O caso do Timor-Leste, ao qual se refere a questão, envolveu interesses estratégicos dos EUA em ter o governo indonésio como aliado durante a Guerra Fria, o que dificultou a autonomia timorense, mesmo após a retirada de Portugal. Tal situação favoreceu a ocupação indonésia sobre o Timor-Leste até meados da década de 1990. O fim da Guerra Fria e as decorrentes mudanças nos interesses estratégicos dos EUA deram maior relevância ao princípio da autonomia política, fato que viabilizou a atuação da ONU no Timor-Leste com o apoio das principais potências mundiais.
CORRETA B
(UFSCar - 2000)
Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...
(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O ritmo dissoluto. Poesia completa e prosa.
2ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967, p. 224.)
Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de
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(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Entre os versos "Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / Sendo digna de infames vitupérios", a relação que se estabelece é de:
(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Os versos de Camões foram retirados da passagem conhecida como "O Velho do Restelo". Nela, o velho
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(UFSCAR - 2004)
O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja.
Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.
Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu.
Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.
(Vieira, Sermão da Sexagésima.)
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra "xadrez" tem o objetivo de
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