(Fgv 2006) "Os revolucionários, especialmente na França, viram-na como a primeira república do povo, inspiração de toda a revolta subsequente. Pois esta não era uma época a ser medida pelos critérios cotidianos. Isto é verdade. Mas para o francês da sólida classe média que estava por trás do Terror, ele não era nem patológico nem apocalíptico, mas primeiramente e sobretudo o único método efetivo de preservar seu país."
(HOBSBAWM, Eric. "A Era das revoluções". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981, p. 86.)
Sobre a fase do Terror da Revolução Francesa, é correto afirmar que:
As principais realizações da República Jacobina foram a Declaração dos Direitos do Homem e a Abolição dos Privilégios Feudais.
A República Jacobina foi formada por uma aliança entre jacobinos e "sans-culottes", que aprovaram uma nova Constituição com sufrágio universal e aboliram a escravidão nas colônias francesas.
Gabarito:
A República Jacobina foi formada por uma aliança entre jacobinos e "sans-culottes", que aprovaram uma nova Constituição com sufrágio universal e aboliram a escravidão nas colônias francesas.
Alternativa A incorreta, pois o fim dos impostos feudais e o confisco dos bens do clero foram medidas anteriores ao período em que Robespierre esteve frente da Revolução Francesa.
Alternativa B incorreta, pois a determinação da execução do rei Luís XVI só se deu em 1793, portanto, não foi uma medida inicial da Revolução.
Alternativa C incorreta, pois a pois a Declaração dos Direitos do Homem e a Abolição dos Privilégios Feudais foram estabelecidas no início da Revolução Francesa, em 1789, e não durante a República Jacobina.
Alternativa D correta, pois foi durante o Terror, ou República Jacobina que foi estabelecido sufrágio universal e o fim da escravidão nas colônias francesas. Tais medidas demonstram a radicalização do período, quando jacobinos e sans-culottes tomaram o poder a fim de estender os ganhos da Revolução aos populares.
Alternativa E incorreta, pois coloca toda a cronologia da Revolução Francesa como sendo a República Jacobina. A Revolução tem diferentes fases entre a tomada da Bastilha e o Golpe 18 Brumário, sendo que o Terror foi apenas uma delas e durou um ano.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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