(UFF-RJ-2006)
Assinale a opção que DIVERGE da atitude do eu-lírico no poema
.
O eu lírico elabora uma pergunta que ele próprio irá responder ao seu leitor virtual, empregando um termo em francês ("singe") e outro em português ("guariba").
O eu lírico considera que não é preciso apresentar-se de tanga, como um personagem do Indianismo, para que se entenda o seu "português mal falado".
O eu lírico deixa claro que ele próprio não consegue penetrar no seu "cassange", por sua virtude de urubutinga.
O eu lírico deixa implícito que, se o leitor virtual conhece a expressão francesa, mas não a brasileira, é macaco de imitação, que só conhece o estrangeiro.
O eu lírico emprega expressões coloquiais ("estranja", "pra", "mano"), seguindo uma linha modernista de incorporação da linguagem do dia à literatura
Gabarito:
O eu lírico deixa claro que ele próprio não consegue penetrar no seu "cassange", por sua virtude de urubutinga.
a) O eu lírico elabora uma pergunta que ele próprio irá responder ao seu leitor virtual, empregando um termo em francês ("singe") e outro em português ("guariba").
Sim, ele faz um paralelo entre os dois vocábulos de mesmo significado (macaco) para questionar a falta de entendimento das variações linguística do português.
b) O eu lírico considera que não é preciso apresentar-se de tanga, como um personagem do Indianismo, para que se entenda o seu "português mal falado".
Correto, ele diz que é preciso apenas se abrir aos dialetos falados no território, ter interesse por esse outro lado da cultura.
c) O eu lírico deixa claro que ele próprio não consegue penetrar no seu "cassange", por sua virtude de urubutinga.
Incorreto, ele se apropria dessa variação, tanto que a chama de "meu caçange".
d) O eu lírico deixa implícito que, se o leitor virtual conhece a expressão francesa, mas não a brasileira, é macaco de imitação, que só conhece o estrangeiro.
Correto, esse é questionamento feito pelo eu-lírico durante o poema. Ele se surpreende com o fato das pessoas conhecerem expressões estrangeiras, mas não conhecerem as relativas a seu próprio idioma.
e) O eu lírico emprega expressões coloquiais ("estranja", "pra", "mano"), seguindo uma linha modernista de incorporação da linguagem do dia à literatura
Correto, os modernistas tinham como uma de suas características o uso do cotidiano em suas obras e isso se traduz pelo uso de uma linguagem coloquial.
Dessa maneira, a alternativa a ser assinalada é a letra [C].
(Uff 2012)
TEXTO I
A Rede Veia Luiz Queiroga e Cel. Ludugero
Eu tava com a Felomena
Ela quis se refrescar
O calor tava malvado
Ninguém podia aguentar
Ela disse meu Lundru
Nós vamos se balançar
A rede veia comeu foi fogo
Foi com nois dois pra lá e pra cá
Começou a fazer vento com nois dois a palestrar
Filomena ficou beba de tanto se balançar
Eu vi o punho da rede começar a se quebrar
A rede veia comeu foi fogo
Só com nois dois pra lá e pra cá
A rede tava rasgada e eu tive a impressão
Que com tanto balançado nois terminava no chão
Mas Felomena me disse, meu bem vem mais pra cá
A rede veia comeu foi fogo
Foi com nois dois pra lá e pra cá
Disponível em http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.php? option=com_content&task=view&id=&&&Itemid= 103 Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO II
Pescaria Dorival Caymmi
Ô canoeiro, bota a rede, bota a rede no mar ô canoeiro, bota a rede no mar.
Cerca o peixe, bate o remo, puxa a corda, colhe a rede, ô canoeiro, puxa a rede do mar.
Vai ter presente pra Chiquinha ter presente pra laiá, canoeiro, puxa a rede do mar.
Cerca o peixe, bate o remo, puxa a corda, colhe a rede, ô canoeiro, puxa a rede do mar.
Louvado seja Deus, ó meu pai.
Disponível em: http://www.miltonnascimento.com.br/#/obra. Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO III
A Rede Lenine e Lula Queiroga
Nenhum aquário é maior do que o mar
Mas o mar espelhado em seus olhos
Maior me causa o efeito
De concha no ouvido
Barulho de mar
Pipoco de onda
Ribombo de espuma e sal
Nenhuma taça me mata a sede Mas o sarrabulho me embriaga Mergulho na onda vaga E eu caio na rede, Não tem quem não caia E eu caio na rede, Não tem quem não caia
Às vezes eu penso que sai dos teus olhos o feixe De raios que controla a onda cerebral do peixe
Nenhuma rede é maior do que o mar Nem quando ultrapassa o tamanho da Terra Nem quando ela acerta, Nem quando ela erra Nem quando ela envolve todo o Planeta
Explode e devolve pro seu olhar O tanto de tudo que eu tô pra te dar Se a rede é maior do que o meu amor Não tem quem me prove Se a rede é maior do que o meu amor Não tem quem me prove
Disponível em: http://www.lenine.com.br/faixa/a-rede-1 Acessado em: 02 ago 2011.
TEXTO IV
Nina Chico Buarque
Nina diz que tem a pele cor de neve
E dois olhos negros como o breu Nina diz que, embora nova
Por amores já chorou
Que nem viúva Mas acabou, esqueceu
Nina adora viajar, mas não se atreve
Num país distante como o meu
Nina diz que fez meu mapa
E no céu o meu destino rapta
O seu
Nina diz que se quiser eu posso ver na tela
A cidade, o bairro, a chaminé da casa dela
Posso imaginar por dentro a casa
A roupa que ela usa, as mechas, a tiara
Posso até adivinhar a cara que ela faz
Quando me escreve
Nina anseia por me conhecer em breve
Me levar para a noite de Moscou
Sempre que esta valsa toca
Fecho os olhos, bebo alguma vodca
E vou
Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=nina_2011.htm
Uma língua varia em função de aspectos sociais, localização geográfica e uso de diferentes registros, ligados às situações de comunicação.
Marque a alternativa que analisa corretamente a ocorrência de variação linguística nos textos
(UFF - 2010)
A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX
Monteiro Lobato narra a história das civilizações sob um ponto de vista crítico contrário à tradição ocidental, evidenciando as diferenças de comportamento entre as civilizações.
Assinale a opção que exemplifica a disparidade das visões no encontro histórico de civilizações diferentes.
Ver questão
(Uff 2007)
A temática sobre a diversidade da Baía de Guanabara tem motivado a criação de textos em linguagem verbal e linguagem não-verbal, produzindo sentidos crítico, humorístico, poético, informativo etc.
Assinale, na sequência de textos verbais e não-verbais, APENAS aquele que é PREDOMINANTEMENTE INFORMATIVO.