(UFMG - 2006) Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer uma viagem à Vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei. Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada, escreveu ao grande comerciante português de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a sua importância e riqueza, freqüentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de “me encomendar a Deus e à sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes”.
Carta 161, Março 29, f. 194. Apud LISANTI FILHO, Luís.Negócios coloniais: uma correspondência comercial do século XVIII. Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973. Resumo adaptado
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna. É correto afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por:
Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificam os meios;
Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social;
Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente;
Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.
Gabarito:
Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.
a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificam os meios;
Incorreto. A questão não aborda aspectos inerentes à jurisdição política.
b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social;
Incorreto. É possível ver por meio do fragmento que os homens não se submetiam voluntariamente por meio da aceitação do contrato social, quando diz: ‘’onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei.’’
c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente;
Incorreto. Não há nada no texto que indique essa alternativa. Não havia intenção de uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades. Ademais, a figura no poder era o rei, e o mesmo não era escolhido de forma burocrática.
d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.
Correta. É possível afirmar essa alternativa por meio do trecho: “devido a sua importância e riqueza, frequentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de “me encomendar a Deus e à sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes”.”
(UFMG) Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação de palavras indicado, exceto em:
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(UFMG)
A propósito do trecho que segue, aponte a classificação correta referente ao termo em destaque:
“Minha bela Marília, tudo passa,
A sorte deste mundo é mal segura
Se vem depois dos males a ventura
Vem depois dos prazeres a desgraça”.
Tomás Antônio Gonzaga.
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(UFMG - 2010)
Um dos recursos utilizados pelo padre Antônio Vieira em seus sermões consiste na “agudeza” – maneira de conduzir o pensamento que aproxima objetos e/ou ideias distantes, diferentes, por meio de um discurso artificioso, que se costuma chamar de “discurso engenhoso”.
Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito do Sermão da Sexagésima, o autor utiliza esse recurso.
(Ufmg 2003)
Com base na leitura de "Broquéis", de Cruz e Sousa, é INCORRETO afirmar que se trata de uma poesia
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