Questão 56064

(FGV) Até hoje se sonha com uma sociedade perfeita, justa e harmoniosa - utópica. No século XIX, o Romantismo produziu muitas utopias, que influenciaram duas correntes ideológicas diferentes: o socialismo e o nacionalismo. A partir de 1848, tais idéias passaram para o campo concreto das lutas sociais na Europa. Já nas novas áreas de domínio colonial, o nascente nacionalismo assumiu o caráter de luta contra a exploração e a presença estrangeira.

Respectivamente, os movimentos que exemplificam o socialismo, o nacionalismo na Europa e o nacionalismo contra o domínio europeu são

A

a Comuna de Paris, a unificação da Alemanha e a Revolta dos Boxers.

B

o ludismo, a independência da Grécia e a Guerra dos Cipaios.

C

a Internacional Socialista, a Revolução do Porto e a Guerra do Ópio.

D

a Revolução Praieira, a independência da Bélgica e a Guerra dos Bôeres.

E

o Cartismo, a unificação da Itália e a Revolução Meiji.

Gabarito:

a Comuna de Paris, a unificação da Alemanha e a Revolta dos Boxers.



Resolução:

a) a Comuna de Paris, a unificação da Alemanha e a Revolta dos Boxers.

Correta. A Comuna de Paris foi uma insurreição popular ocorrida em 1871, que representou uma revolução proletária inacabada e teve como grande significado politico a manifestação de uma política socialista. Já na unificação da Alemanha, desde o começo do século XIX houve o fortalecimento dos ideais nacionalistas que defendiam a unificação do povo de origem germânica na região. No Levante dos Boxers, em 1900, o movimento popular antiocidental e anticristão na China se opunha à expansão estrangeira e sustentava que, com treino adequado resistiriam ao domínio europeu. 

b) o ludismo, a independência da Grécia e a Guerra dos Cipaios.

Incorreto. O ludismo foi um movimento de trabalhadores que se uniram e revoltaram-se contra as máquinas no princípio da Revolução Industrial, não foi um movimento socialista. 

c) a Internacional Socialista, a Revolução do Porto e a Guerra do Ópio.

Incorreto. As Guerras do Ópio foram conflitos envolvendo China e Grã-Bretanha por causa do comércio e do consumo de ópio por parte dos chineses.

d) a Revolução Praieira, a independência da Bélgica e a Guerra dos Bôeres.

Incorreto. Revolta Praieira foi um movimento de caráter liberal e federalista que eclodiu na província de Pernambuco, no Brasil, entre 1848 e 1850, e não um movimento socialista. 

e) o Cartismo, a unificação da Itália e a Revolução Meiji.

Incorreto. A Revolução Meiji foi um período de renovação política, religiosa e social no Japão entre os anos de 1868 e 1900, não sendo um movimento nacionalismo contra o domínio europeu. 



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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