Questão 13303

(FGV - 2007) Leia os trechos:

"Na Europa, as terras ou são cultivadas ou são proibidas aos agricultores. A manufatura deve, então, ser procurada por necessidade e não por escolha. Nós, porém, temos uma imensidade de terra. (...) Enquanto tivermos terra para trabalhar, nunca desejemos ver nossos cidadãos ocupados numa bancada de trabalho ou girando uma roca de fiar (...). Para as operações gerais de manufatura, deixemos que as nossas oficinas continuem na Europa. É melhor enviar matérias-primas para os trabalhadores de lá do que trazê-los para cá (...), com seus costumes e princípios. A aglomeração das grandes cidades não contribui para a manutenção de um governo legítimo (...)."

(Thomas Jefferson, 1784)

"Os regulamentos restritivos, que têm feito baixar a venda nos mercados estrangeiros do excedente cada vez maior de nossa produção agrícola (...) geraram forte desejo de que se criasse, internamente, uma demanda maior para aqueles excedentes. (...)
Convém aqui enumerar os principais fatores que permitem concluir que os estabelecimentos manufatureiros não apenas provocam um aumento positivo no produto e na renda da sociedade, como também contribuem, decisivamente, para desenvolvê-la (...). 1. a divisão do trabalho; 2. uma ampliação no uso da maquinaria; 3. a utilização adicional de classes da comunidade (...); 4. a promoção da imigração de países estrangeiros; 5. a oferta de maiores oportunidades à diversidade de talentos (...); 6. o aparecimento de um campo mais amplo e variado para a empresa; (...)."

(Alexander Hamilton, 1791)

(In Secretaria da Educação-SP, "Coletânea de documentos de História da América para o 20. grau")

Os documentos tratam dos Estados Unidos logo após a independência. De acordo com os trechos, é correto afirmar que Jefferson e Hamilton

A

divergem sobre a necessidade de instalar manufaturas nos Estados Unidos.

B

concordam com a adoção de princípios fisiocratas no novo país.

C

destacam o aumento do volume e da renda das exportações agrícolas americanas.

D

defendem a vinda de imigrantes europeus para os Estados Unidos.

E

discordam sobre a manutenção do trabalho escravo em sua economia.

Gabarito:

divergem sobre a necessidade de instalar manufaturas nos Estados Unidos.



Resolução:

a) divergem sobre a necessidade de instalar manufaturas nos Estados Unidos.

Correta. O tema abordado em ambos documentos pelos dois autores é a necessidade ou não de instalar manufaturas nos Estados Unidos. Nesse sentido, Thomas Jefferson explicita isso quando diz que “Enquanto tivermos terra para trabalhar, nunca desejemos ver nossos cidadãos ocupados numa bancada de trabalho ou girando uma roca de fiar (...)”. Já Alexander Hamilton acredita e defende que  “(...) os estabelecimentos manufatureiros não apenas provocam um aumento positivo no produto e na renda da sociedade, como também contribuem, decisivamente, para desenvolvê-la (...)”.

b)concordam com a adoção de princípios fisiocratas no novo país.

Incorreto. Nenhum dos dois abordam a adoção desses princípios fisiocratas.

c) destacam o aumento do volume e da renda das exportações agrícolas americanas.

Incorreto. Apenas Hamilton fala sobre as exportações agrícolas americanas, quando diz ‘’os regulamentos restritivos, que têm feito baixar a venda nos mercados estrangeiros do excedente cada vez maior de nossa produção agrícola (...) geraram forte desejo de que se criasse, internamente, uma demanda maior para aqueles excedentes. (...)’’.

d) defendem a vinda de imigrantes europeus para os Estados Unidos.

Incorreto. O texto de Thomas Jefferson não defende isso, visto que ele fala que ‘’é melhor enviar matérias-primas para os trabalhadores de lá do que trazê-los para cá (...), com seus costumes e princípios.’’

e) discordam sobre a manutenção do trabalho escravo em sua economia.

Incorreto. Nenhum dos dois tratam sobre a manutenção do trabalho escravo em sua economia.



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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