(UFU - 2007) A chamada "Era Napoleônica" (1799-1814) foi uma época marcada por grandes conflitos bélicos na Europa. Sobre esse momento e suas repercussões na história do continente americano, assinale a alternativa INCORRETA.
A necessidade financeira decorrente dos custos militares levou Napoleão Bonaparte a vender territórios coloniais franceses na América do Norte. Nesse contexto, o vasto território da Louisiana foi incorporado aos EUA.
O envolvimento da França em conflitos bélicos contra quase toda Europa favoreceu a perda de colônias francesas na América. A independência do Haiti e a ocupação da Guiana Francesa pelos portugueses são exemplos disso.
Durante o apogeu do Império Napoleônico, a Espanha tornou-se politicamente dependente da França. Essa situação favoreceu anseios autonomistas na América espanhola e levou a Inglaterra a apoiar movimentos de independência.
Com o "bloqueio continental", a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos invadiram a Argentina em 1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua independência.
Gabarito:
Com o "bloqueio continental", a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos invadiram a Argentina em 1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua independência.
d) Com o "bloqueio continental", a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos invadiram a Argentina em 1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua independência.
Incorreta. Não houve essa invasão da Argentina pela Inglaterra, então somente ela pode ser assinalada como incorreta.
As demais alternativas se referem aos acontecimentos precipitados pela imposição do bloqueio continental por Napoleão, que consistiu na proibição do comércio de produtos ingleses nos territórios dominados ou sob forte influência do imperador francês. Nesse período, como o exército francês estava todo mobilizado para a expansão na Europa, as colônias francesas acabaram mais desguarnecidas, possibilitando conflitos internos e invasões. Já a ocupação da Espanha por Napoleão, ocasionou uma grande movimentação nas colônias espanholas que não reconheciam esse chefe de Estado como seu soberano. Além disso, os comerciantes espanhóis queriam carta branca para negociarem com os ingleses e a proibição do Bloqueio Continental ia contra os interesses das classes dominantes criollas. Foi nesse período então que se iniciaram os movimentos de independência da maior parte das colônias espanholas na América.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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