Questão 3494

(PUC-Rio - 2008)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

THE LEGEND OF THE CRYSTAL SKULLS

The truth behind Indiana Jones's latest quest

Jane MacLaren Walsh*

Sixteen years ago, a heavy package addressed to the nonexistent "Smithsonian Institution Curator, Mesoamerican Museum, Washington, D.C." was delivered to the National Museum of American History. It was accompanied by an unsigned letter stating: "This Aztec crystal skull, purported to be part of the Porfirio Díaz 3collection, was purchased in Mexico in 1960. I am offering 2it to the Smithsonian without consideration." Richard Ahlborn, then curator of the Hispanic-American collections, knew of my expertise in Mexican archaeology and called me to ask whether I knew anything about the object - an eerie, milky white crystal skull 14considerably larger than a human head.

I told him I knew of a life-sized crystal skull on display at the British Museum, and had seen a smaller version the Smithsonian had 15once exhibited as a fake. After we spent a few minutes puzzling over the meaning and significance of this unusual artifact, he asked whether the department of anthropology would be interested in accepting it for the national collections. I said yes without hesitation. 1If the skull turned out to be a genuine pre-Columbian Mesoamerican artifact, 13such a rare object should definitely become part of the national collections.

I couldn't have imagined then that this 16unsolicited donation would open an entirely new avenue of research for me. In the years since the package arrived, my investigation of this single skull has led me to research the history of pre-Columbian collections in museums around the world, and I have collaborated with a 17broad range of international scientists and museum curators who have also crossed paths with crystal skulls. Studying these artifacts has prompted new research into pre-Columbian lapidary (or stone working) technology, particularly the carving of hard stones like jadeite and quartz.

Crystal skulls have undergone serious scholarly scrutiny, but they also excite the popular imagination because they seem so mysterious. Theories about their origins abound. Some believe the skulls are the handiwork of the 5Maya or Aztecs, but 4they have also become the subject of constant discussion on occult websites. Some insist that they originated on a sunken continent or in a far-away galaxy. And now they are poised to become archaeological superstars thanks to our celluloid colleague Indiana Jones, who will tackle the subject of our research in Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull. Details about the movie's plot are being closely guarded by the film's producers as I write this, but the Internet rumor mill has it that the crystal skull of the title is the creation of aliens.

Although nearly all of the crystal skulls have at times been identified as Aztec, Toltec, Mixtec, or occasionally Maya, they do not reflect the artistic or stylistic characteristics of any of these cultures. [...] I believe that all of the smaller crystal skulls that constitute the first generation of fakes were made in Mexico around the time they were sold, between 1856 and 1880.

[...] British Museum scientist Margaret Sax and I examined the British Museum and Smithsonian 7skulls under light and scanning electron microscope and conclusively determined that they were carved with relatively modern lapidary equipment, 6which were unavailable to pre-Columbian Mesoamerican carvers. So why have crystal 9skulls had such a long and successful run, and why do some museums continue to exhibit 8them, despite their 18lack of archaeological context and obvious iconographic, stylistic, and technical problems? 12Though the British Museum exhibits its skulls as examples of 11fakes, 10others still offer them up as the genuine article. Mexico's national museum, for example, identifies its skulls as the work of Aztec and Mixtec artisans. Perhaps it is because, like the Indiana Jones movies, these macabre objects are reliable crowd-pleasers. [...]

From: Archaeology. Volume 61, Number 3, May/June 2008

 

*Jane MacLaren Walsh is an anthropologist at the Smithsonian's National Museum of Natural History.

 

In "If the skull turned out to be a genuine pre-Columbian artifact" (ref. 1), "turned out" could be replaced by

A
proved.
B
seemed.
C
claimed.
D
pretended.
E
assumed.

Gabarito: proved.

Resolução:



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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