Questão 2641

(PUC/RS - 2008/ Adaptada) 

TEXTO 1

Valores apresentam diferenças significativas conforme a cultura e o país. Os universitários brasileiros, por exemplo, se preocupam mais com o sucesso pessoal e profissional do que os argentinos e uruguaios, sentimento que predomina também entre os homens, independentemente da nacionalidade, enquanto as mulheres valorizam a simplicidade e a segurança. Os brasileiros dão mais valor ______ uma vida confortável, feliz e prazerosa. Um mundo de beleza (apreciação da arte e do que é belo) e paz, a igualdade e a segurança familiar são destacados pelos argentinos, e 1os uruguaios priorizam a liberdade e também a segurança familiar.
Essas conclusões fazem parte da dissertação do professor de Administração do Campus Uruguaiana Elvisnei Camargo Conceição, defendida no Mestrado em Administração e Negócios da PUCRS e orientada por Paulo Fernando Burlamaqui. Os resultados surgiram de questionários respondidos por 624 estudantes de universidades situadas na fronteira, no interior ou nas capitais.
Os valores, explica o autor, expressam crenças duradouras, menos sujeitas ______ influências do ambiente. Foram investigados dois grupos de valores: os relacionados aos objetivos de vida (terminais) e os que assumimos como orientadores de conduta social (instrumentais). Segurança familiar, felicidade e liberdade são prioridades para os universitários das três nacionalidades. Como valores instrumentais, honestidade, responsabilidade e capacidade lideraram o ranking. Ambição está em sexto lugar entre os brasileiros e em 12º entre argentinos e uruguaios. Quanto ______ obediência, o autor considera que a sociedade moderna enxerga esse valor como subserviência e submissão, não condizente com a liberdade de escolha. (...)
2Conforme o professor, os resultados científicos não são generalizáveis para toda a população, mas apontam indicativos para os meios acadêmicos e empresarial. Camargo ressalta3 que a aplicação é multidisciplinar, 4podendo interessar à Administração, à Psicologia, à Antropologia e à Sociologia. 5O estudo pode contribuir para a elaboração de planos de marketing e de programas de relacionamento com o cliente, para a definição de estratégias e de ações de endomarketing.

PUCRS Informação, março-abril/2008, p. 14. (fragmento adaptado)

As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas das linhas 05, 14 e 20 estão reunidas em:

A

a – às – à

B

à – a – a

C

à – as – à

D

à – às – à

E

a – à – a

Gabarito:

a – às – à



Resolução:

[A]

As palavras que preenchem corretamente as lacunas do texto são, respectivamente, a – às – à:

“Os brasileiros dão mais valor a uma vida confortável, feliz e prazerosa.” ⇒ não é possível o uso da crase pois um artigo indefinido ("uma") não pode ser determinado por outro artigo, definido (ex: *moro em a uma casa amarela). Por isso, mantém-se apenas a preposição, e o "a" não recebe o acento grave; 

“Os valores, explica o autor, expressam crenças duradouras, menos sujeitas às influências do ambiente.” ⇒ forma-se a crase pela regência da preposição "a" pelo adjetivo "sujeitas" ("sujeita a algo") somada ao artigo definido que acompanha o substantivo feminino ("as influências"), [a + as = às]. Outra forma possível seria "sujeitas a influências", sem o artigo - mas o "s" elimina essa opção. 

“Quanto à obediência, o autor considera que a sociedade moderna enxerga esse valor como subserviência e submissão, não condizente com a liberdade de escolha. (...)” ⇒ A crase é formada pela locução "quanto a", que já carrega a preposição em sua estrutura, que, diante de substantivo feminino determinado, pode unir-se ao artigo definido "a". 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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