(UFSCar - 2008) Existem controvérsias a respeito da nova ordem mundial. Para uns, ela seria uni ou monopolar; para outros, ela seria multipolar. Considere o exposto e assinale a alternativa que é indiscutivelmente correta.
O poderio militar norte-americano, sem competidores, é um argumento a favor de definição da nova ordem como multipolar.
A unificação europeia, a recuperação econômica do Japão e a enorme expansão da China são fatores que pesam a favor do argumento da monopolaridade da nova ordem mundial.
O avanço da globalização fortalece a ideia de um mundo unipolar.
O sucesso da primeira guerra do Golfo, de 1991, sugeriu, momentaneamente, que os Estados Unidos poderiam desempenhar o papel de superpotência solitária e com uma estratégia unilateral.
O fato de alguns países - Japão, Índia, Brasil e África do Sul - pleitearem uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU é mais um indicador da monopolaridade no sistema internacional.
Gabarito:
O sucesso da primeira guerra do Golfo, de 1991, sugeriu, momentaneamente, que os Estados Unidos poderiam desempenhar o papel de superpotência solitária e com uma estratégia unilateral.
a) O poderio militar norte-americano, sem competidores, é um argumento a favor de definição da nova ordem como multipolar.
Incorreto. O poderio militar norte-americano, sem competidores, é um argumento a favor de definição da nova ordem como uni ou monopolar, e não, multipolar, já que esse poder bélico deixa-o acima de todos os outros.
b) A unificação europeia, a recuperação econômica do Japão e a enorme expansão da China são fatores que pesam a favor do argumento da monopolaridade da nova ordem mundial.
Incorreto. É errôneo afirmar que o Japão viveu uma recuperação econômica. A economia japonesa enfrenta graves problemas, desde 1990 sua economia cresce em média 1%.
c) O avanço da globalização fortalece a ideia de um mundo unipolar.
Incorreto. A globalização é um sinônimo do mundo multipolar. O mundo multipolar é uma nova organização geopolítica, de forma que há distintos centros de poder, exercendo influência no campo político, econômico e militar.
d) O sucesso da primeira guerra do Golfo, de 1991, sugeriu, momentaneamente, que os Estados Unidos poderiam desempenhar o papel de superpotência solitária e com uma estratégia unilateral.
Correta. A guerra do Golfo é a guerra do Golfo Pérsico, localização das maiores reservas de petróleo do mundo. Foi em 1991, quando forças estadunidenses interviram na invasão iraquiana sobre o Kuwait, expulsando com certa facilidade as forças iraquianas de Saddan Hussein daquela país. Nesse cenário, quando se fala de superpotência solitária, quer dizer que os EUA poderiam se tornar a única potência existente após o fim da ordem bipolar. Ademais, estratégia unilateral, pois os EUA tomariam decisões para seu próprio interesse, visando apenas seus interesses, já que surge como potencial global.
e) O fato de alguns países - Japão, Índia, Brasil e África do Sul - pleitearem uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU é mais um indicador da monopolaridade no sistema internacional.
Incorreto. O Conselho de Segurança da ONU é integrado por 5 países, que são ideologicamente diferentes, logo, mostra a multipolaridade desse órgão, mesmo não sendo uma multipolaridade extensa. Tanto que, diversas vezes eles discordam entre si.
(UFSCar - 2000)
Tu amarás outras mulheres
E tu me esquecerás!
É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto
Alguma coisa em ti pertence-me!
Em mim alguma coisa és tu.
O lado espiritual do nosso amor
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus braços!
Que eu te afeiçoe e acaricie...
(Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O ritmo dissoluto. Poesia completa e prosa.
2ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967, p. 224.)
Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de
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(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Entre os versos "Chamam-te ilustre, chamam-te subida, / Sendo digna de infames vitupérios", a relação que se estabelece é de:
(Ufscar 2003)
A questão adiante baseiam-se no poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, do qual se reproduzem, a seguir, três estrofes.
Mas um velho, de aspeito venerando, [= aspecto) Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:
"Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!
Dura inquietação d'alma e da vida Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana."
Os versos de Camões foram retirados da passagem conhecida como "O Velho do Restelo". Nela, o velho
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(UFSCAR - 2004)
O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja.
Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.
Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu.
Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.
(Vieira, Sermão da Sexagésima.)
No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra "xadrez" tem o objetivo de
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