(FGV - 2009) "A nova onda se propagou rapidamente por toda a Europa. Uma semana depois da queda de Luís Filipe I, o movimento revolucionário tomou conta de uma parte da Alemanha e, em menos de um mês, já estava na Hungria, passando pela Itália e pela Áustria. Em poucas semanas, os governos dessa vasta região foram derrubados, e supostamente se inaugurava uma nova etapa da História europeia, a Primavera dos Povos".
(Luiz Koshiba, "História - origens, estruturas e processos")
O texto faz referência:
à Belle Epoque.
às Revoluções de 1848.
à Restauração de 1815.
à Guerra Franco-Prussiana.
às Revoluções liberais de 1820.
Gabarito:
às Revoluções de 1848.
a) à Belle Époque.
Incorreta. A Belle Époque é um período que inicia no final da guerra franco-prussiana e termina com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Foi um período marcado pelo progresso tecnocientífico, uma grande atmosfera de modernização e progresso. Foi também o período da moda, dos cafés, teatros. A arte é marcada pelo estilo art nouveau.
b) às Revoluções de 1848.
Correta. A Primavera dos Povos foi um movimento político que suscitou várias revoluções em diversos países no século XIX. De cunho liberal, nacionalista e socialista, a também chamada Revolução de 1848 teve início na França após a derrubada da "Restauração Bourbon" (quando essa dinastia, dominante antes da Revolução Francesa, assumiu o poder), e se espalhou por diversos territórios os ideais liberais, socialistas e anarquistas que surgiam nesse contexto. Muitos desses movimentos sociais que eclodiram após o caso francês não alcançaram um status revolucionário de fato, e por isso pontuamos a importância da Primavera dos Povos no sentido de difundir esses ideais e de se enquadrar perante o contexto do século XIX, que proporcionou diversos movimentos sociais de cunho liberal ao redor do mundo.
c) à Restauração de 1815.
Incorreta. É a restauração das monarquias absolutistas na Europa após a derrota de Napoleão. Estas monarquias são abaladas pelas ondas liberais posteriormente.
d) à Guerra Franco-Prussiana.
Incorreta. Foi um conflito entre a França e a Confederação Germânica liderada pela Prússia entre 1870 e 1871. Possui relação direta com as atividades de Otto von Bismarck e suas tentativas de unificar a Alemanha. A guerra é finalizada com o Tratado de Frankfurt e a derrota da França.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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