(PUC-PR - 2009)
Para Aristóteles, em Ética a Nicômaco, “felicidade [...] é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie”.
Assinale a alternativa que não condiz com a referida definição aristotélica de felicidade:
Felicidade só é possível mediante uma capacidade racional, própria do homem.
Ter felicidade é obter coisas nobres e boas da vida que só são alcançadas pelos que agem retamente.
Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si.
Nenhum outro animal atinge a felicidade a não ser o homem, pois os demais não podem participar de tal atividade.
A finalidade das ações humanas, o Bem do homem, é a felicidade.
Gabarito:
Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si.
c) Incorreta. Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si.
Para Aristóteles, a felicidade não é uma fantasia, porém algo possível de ser alcançado, segundo o procedimento reto e racional.
a) Correta. Felicidade só é possível mediante uma capacidade racional, própria do homem.
A felicidade, como a finalidade última do homem, segundo Aristóteles, não está relacionada com o hedonismo, mas com a posse de uma virtude prática e racional, isto é, a verdadeira felicidade é associada com uma capacidade racional. A virtude é entendida como excelência (arété), e é somente através do caráter que se atinge a excelência: a boa conduta, a força do espírito, a força da vontade guiada pela razão leva à excelência. Dessa forma, a felicidade está ligada a uma sabedoria prática, a de saber fazer escolhas racionais na vida.
b) Correta. Ter felicidade é obter coisas nobres e boas da vida que só são alcançadas pelos que agem retamente.
Na teleologia aristotélica, alcançar a felicidade apenas se dá por meio de uma virtude prática, do agir correto. Ter felicidade é ter as coisas nobres da vida (elevação moral, grandeza de alma, índole, refinamento), que só podem ser obtidas através do agir virtuoso e reto: a felicidade corresponde ao hábito continuado da prática da virtude e da prudência. A virtude é entendida como excelência (arété), e é somente através do caráter que se atinge a excelência: a boa conduta, a força do espírito, a força da vontade guiada pela razão leva à excelência. Dessa forma, a felicidade está ligada a uma sabedoria prática, a de saber fazer escolhas racionais na vida.
d) Correta. Nenhum outro animal atinge a felicidade a não ser o homem, pois os demais não podem participar de tal atividade.
Em “Ética a Nicômaco”, Aristóteles define a felicidade como o maior Bem desejado pelos homens e o fim das ações humanas. Afirma, ainda, que a felicidade "[...] é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie.” A felicidade supõe uma capacidade racional e a moralidade, das quais os animais não podem participar, já que não são racionais e nem capazes de formular discursos morais.
e) Correta. A finalidade das ações humanas, o Bem do homem, é a felicidade.
Aristóteles, em sua ética teleológica, concebe que a finalidade última de todas as ações é a felicidade, o Sumo bem.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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