(Pucrj 2009)
Os confrontos armados na região do Cáucaso são resultado de anos de disputas e desentendimentos, que ultrapassam a própria Eurásia. Assinale a única alternativa que apresenta uma explicação INCORRETA sobre os conflitos na região.
O ditador Josef Stálin decidiu transformar, em 1922, o território da Ossétia do Sul em Região Autônoma da República Socialista Soviética da Geórgia. A medida colocou parte dos ossetas, grupo etnicamente ligado à Rússia, dentro do domínio territorial georgiano.
Apesar de o território georgiano não possuir grandes reservas de petróleo e gás natural, ele abriga importantes dutos que abastecem as economias da Europa Ocidental com hidrocarbonetos, fato que amplia a ação russa contra as forças de emancipação.
A participação dos países da região do Cáucaso na União Europeia contraria os interesses do governo russo, que não mede esforços em convencer esses países a fazerem parte da Organização Xangai de Cooperação (SCO).
A intenção do governo georgiano em juntar-se à OTAN, aliança militar do Ocidente, pode ser considerada um desagravo ao governo russo, o que leva os EUA a agirem mais diretamente na resolução dos atuais conflitos na região.
A posição estratégica do território georgiano - está na rota dos dutos projetados para conduzir gás e óleo do Turcomenistão e do Azerbaijão (países pró-Moscou) até o litoral mediterrâneo - torna a ação militar russa mais intensa e imediata na área.
Gabarito:
A participação dos países da região do Cáucaso na União Europeia contraria os interesses do governo russo, que não mede esforços em convencer esses países a fazerem parte da Organização Xangai de Cooperação (SCO).
O enunciado pediu a alternativa incorreta, o que pode ser verificado na letra C ao afirmar que os países do Cáucaso participam da UE, o que não ocorreu. A expansão ao leste dessa organização não chegou ao ponto de incluir esses países, sendo a Turquia o que chegou mais próximo disso, mas não ingressou também, sendo que inclusive seria o primeiro país de maioria muçulmana a ingressar, caso ocorresse. A indução ao erro nesse caso é pela via de uma possível confusão por parte do aluno, pois os ex-Estados soviéticos que ingressaram na UE foram Estônia, Letônia e Lituânia, logo após o fim da URSS. A segunda parte dessa alternativa está correta, embora os países do Cáucaso não integrem ainda a Organização para Cooperação de Xangai, a Rússia participa e tem interesse em fortalecer o bloco.
As demais alternativas constituem afirmações verdadeiras sobre a conflituosa região do Cáucaso.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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