(UFMA - 2009)
O homem sempre buscou explicações sobre os aspectos essenciais da realidade que o cerca e sobre sua própria existência. Na Grécia antiga, antes da filosofia surgir, essas explicações eram dadas pela mitologia e tinham, portanto, um forte caráter religioso. Historicamente, considera-se que a filosofia tem início com Tales de Mileto, em razão de ele ter afirmado que “a água é a origem e a matriz de todas as coisas”. Nesse sentido, pode-se dizer que a frase de Tales tem caráter filosófico pelas seguintes razões:
Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses como causa da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, esta contido o pensamento: “tudo é matéria”.
Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é movimento”.
Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, esta contido o pensamento: “o homem e a medida de todas as coisas”.
Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e a imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “conhece-te a ti mesmo”.
Gabarito:
Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
b) Correta. Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
De fato, Tales busca enunciar a arché, isto é, o princípio das coisas, a partir da razão e do raciocínio, sem recorrência à imaginação e narração, algo típico do pensamento mítico, cuja reflexão busca evidenciar a unidade da realidade.
a) Incorreta. Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses como causa da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é matéria”.
Identificar a água como algo arché não significa o destaque da importância da água para a vida, pois é justamente o fato de água estar presente em tudo, ter uma grande importância para a vida em geral, uma averiguação empírica, que serve como premissa para identificar a água como arché. O pensamento filosófico não faz referência aos deuses como causa da realidade. Além disso, Tales não era materialista para dizer "tudo é matéria", como Demócrito.
c) Incorreta. Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é movimento”.
Tales, como filósofo, não busca narrar uma lenda, como nos mitos, tampouco atra´ves de imagens e fabulação, pois a narrativa filosófica é uma busca do princípio de todas as coisas pela via racional. A noção de que tudo é movimento não é de Tales, mas de Heráclito.
d) Incorreta. Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, esta contido o pensamento: “o homem e a medida de todas as coisas”.
Tales não se ampara na revelação, tampouco na imaginação, porém em raciocínios deduzidos a partir de observações da natureza e do cosmo. A frase "o homem e a medida de todas as coisas” é defendida pelo sofista Protágoras e é relativista.
e) Incorreta. Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e a imaginação e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “conhece-te a ti mesmo”.
De fato, Tales busca enunciar algo sobre a origem das coisas, mas não o faz recorrendo a deuses e a imaginação, e sim a raciocínios. O pensamento “conhece-te a ti mesmo” é de Sócrates.
(UFMA)
The interrogative form of the sentence “The French captain learned the language of the indians” is:
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(Ufma 2006) No capítulo X do livro VIII da Ética a Nicômaco, Aristóteles discursa sobre as constituições existentes, bem como sobre suas características. Tomando por base suas observações, é correto afirmar:
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(Ufma 2009) A narrativa de Thomas More descreve uma ilha imaginária onde vive um povo com costumes bem diferentes do existente na Europa e, em especial, na Inglaterra do sec. XVI.
Dentre os vários contrastes entre a ilha de Utopus e a Sociedade Real da época, está a maneira singular dos utopianos em exercerem o poder do Estado. Qual o mecanismo de legitimação do Estado que Thomas More considera mais adequado?
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