(UFV) Sobre o processo de unificação política e territorial da Itália e Alemanha, ocorrido na segunda metade do século XIX, é CORRETO afirmar que:
a unificação da Alemanha recebeu apoio da França, que pretendia diminuir a influência econômica e a ameaça militar da Rússia na região.
as burguesias nacionais da Alemanha e da Itália não apoiaram os movimentos de unificação, pois temiam uma diminuição do mercado interno e das exportações de seus produtos para os países contrários à unificação.
a unificação italiana ocorreu em torno da monarquia piemontesa, e abriu um período de conflito intenso com o papado.
o processo de unificação foi sendo conduzido pelos Estados mais industrializados de cada uma dessas regiões, a saber: a Sicília, na Itália, e a Prússia, na Alemanha.
Gabarito:
a unificação italiana ocorreu em torno da monarquia piemontesa, e abriu um período de conflito intenso com o papado.
a) a unificação da Alemanha recebeu apoio da França, que pretendia diminuir a influência econômica e a ameaça militar da Rússia na região.
Incorreto. A formação nacional da Alemanha ocorreu perante diversos conflitos com a França, sejam estes por interesses territoriais ou políticos. O principal conflito que chegou às vias de fato foi a Guerra Franco-prussiana, um conflito armado envolvendo a França contra um conjunto de estados germânicos liderados pela Prússia, que se desenrolou entre 1870 e 1871, que foi motivada pela política desenvolvida pelo chanceler prussiano Otto von Bismarck, com a intenção de unificar a Alemanha. Portanto, devemos considerar que a unificação da Alemanha não recebeu apoio da França, pelo contrário, a França foi uma das maiores adversárias dos reinos germânicos nesse processo histórico.
b) as burguesias nacionais da Alemanha e da Itália não apoiaram os movimentos de unificação, pois temiam uma diminuição do mercado interno e das exportações de seus produtos para os países contrários à unificação.
Incorreto. Houve sim o apoio das burguesias nacionais nos movimentos de unificação.
c) a unificação italiana ocorreu em torno da monarquia piemontesa, e abriu um período de conflito intenso com o papado.
Correta. A monarquia constitucional, encabeçada pelo rei piemontês Vítor Emanuel II do Reino da Sardenha, apoiado pelos liberais e por alguns setores conservadores não radicais, teve sucesso quando em 1859-1861 se formou o Estado-nação italiano, vencendo a disputa com partidários da extrema-esquerda, maçons carbonários, jacobinos, republicanos e democráticos, que militavam sob Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi, após a anexação ao Reino de Sardenha, da Lombardia, do Vêneto, do Reino das Duas Sicílias, do Ducado de Módena e Reggio, do Grão-ducado da Toscana, do Ducado de Parma e por fim, dos Estados Pontifícios.
d) o processo de unificação foi sendo conduzido pelos Estados mais industrializados de cada uma dessas regiões, a saber: a Sicília, na Itália, e a Prússia, na Alemanha.
Incorreto. A industrialização não era um aspecto diretamente relacionado às unificações nacionais ditas tardias - poderíamos, no máximo, mensurar que o processo de unificação foi sendo conduzido pelos Estados mais prósperos economicamente nesse contexto. No caso italiano tal panorama é ainda mais nítido, e podemos observar que o processo de unificação foi conduzido por diversos atores distintos daquela sociedade.
(UFV-2005) Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:
I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:
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(UFV - 2017) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede:
Dos vícios já desligados
nos pajés não crendo mais,
nem suas danças rituais,
nem seus mágicos cuidados
(Anchieta , José de. O Auto de São Lourenço [Tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.] pg 110)
Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão:
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(UFV)
Considere o texto:
“O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (…) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma ideia mais clara do palco, do cenário e principalmente da personagens principais, bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.”
(Érico Veríssimo)
Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima:
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(UFV - 2001)
Leia atentamente o fragmento do sermão do Padre Antônio Vieira:
A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros.
Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal.
Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande [...]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.
VIEIRA, Antônio. "Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões". Prefaciados e revistos pelo
Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão - Editores, 1993. v. III, p. 264-265.
O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela em que NÃO se confirmam essas tendências estéticas:
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