(UEL - 2010) Leia o texto a seguir:
A partir do século XIII, foram-se definindo por uma série de batalhas algumas fronteiras da Europa que, no caso da França, da Inglaterra e da Espanha, permanecem aproximadamente as mesmas até hoje. Dentro das fronteiras foi nascendo o Estado como uma organização política centralizada, cuja figura dominante – o príncipe – e a burocracia em que se apoiava tomaram contornos próprios que não se confundiam com os grupos sociais mesmo os mais privilegiados, como a nobreza. Esse processo durou séculos e alcançou seu ponto decisivo entre 1450 e 1550.
Também ocorreu uma expansão geográfica da Europa cristã, antecessora em outras condições da expansão marítima iniciada no século XV, pela reconquista de territórios ou a ocupação de novos espaços. A Península Ibérica foi sendo retomada dos mouros; o Mediterrâneo deixou de ser um ’lago árabe’, onde os europeus não conseguiam sequer colocar um barquinho; os cruzados ocuparam Chipre, a Palestina, a Síria, Creta e as ilhas do Mar Egeu; no noroeste da Europa, houve expansão inglesa na direção do País de Gales, da Escócia e da Irlanda; no leste europeu, alemães e escandinavos conquistaram as terras do Báltico e as habitadas pelos eslavos.
(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: USP: Fundação para o Desenvolvimento da Educação, 1996. p. 20.)
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir:
I. A península ibérica, que vivenciou a ocupação de parte de seus territórios pelos muçulmanos – denominados mouros – deu início ao processo de formação de seu Estado com a luta dos cristãos para a retomada dos espaços ocupados por estes habitantes de origem árabe, e que ficou conhecida como Reconquista.
II. Um dos aspectos da colonização do continente recém-descoberto – denominado América – deveu-se à preocupação das nações espanhola e portuguesa em relação à prática religiosa dos habitantes nativos. Estas nações, católicas, empreenderam um processo de evangelização cristã para as diferentes culturas indígenas que habitavam o Novo Mundo.
III. Espanhóis e portugueses, que iniciaram conjuntamente o processo de expansão marítima, acordaram que as terras do Novo Mundo deveriam ser repartidas de maneira igualitária. A Espanha, com sua superioridade científica e militar, tentou romper o acordo, levando tais nações à arbitragem do Vaticano que com a bula papal Joao XXIII deu origem à formulação do Tratado de Tordesilhas.
IV. A Espanha finalizou seu processo de centralização do poder monárquico por volta do ano de 1492, quando foram expulsos os últimos habitantes árabes de seu território – ainda presentes na região de Granada. A partir de então, entrou para o ciclo das grandes navegações marítimas pelo Atlântico, que já vinha sendo desenvolvido por Portugal.
Assinale a alternativa correta.
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
Somente as afirmativas II e III são corretas.
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
Gabarito:
Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
I. A península ibérica, que vivenciou a ocupação de parte de seus territórios pelos muçulmanos – denominados mouros – deu início ao processo de formação de seu Estado com a luta dos cristãos para a retomada dos espaços ocupados por estes habitantes de origem árabe, e que ficou conhecida como Reconquista.
Correta.
II. Um dos aspectos da colonização do continente recém-descoberto – denominado América – deveu-se à preocupação das nações espanhola e portuguesa em relação à prática religiosa dos habitantes nativos. Estas nações, católicas, empreenderam um processo de evangelização cristã para as diferentes culturas indígenas que habitavam o Novo Mundo.
Correta.
III. Espanhóis e portugueses, que iniciaram conjuntamente o processo de expansão marítima, acordaram que as terras do Novo Mundo deveriam ser repartidas de maneira igualitária. A Espanha, com sua superioridade científica e militar, tentou romper o acordo, levando tais nações à arbitragem do Vaticano que com a bula papal Joao XXIII deu origem à formulação do Tratado de Tordesilhas.
Incorreto. Os espanhóis e portugueses não iniciaram conjuntamente o processo de expansão marítima. A Espanha começou esse processo por volta de 1492, enquanto Portugal já vinha desenvolvendo essas grandes navegações há décadas.
IV. A Espanha finalizou seu processo de centralização do poder monárquico por volta do ano de 1492, quando foram expulsos os últimos habitantes árabes de seu território – ainda presentes na região de Granada. A partir de então, entrou para o ciclo das grandes navegações marítimas pelo Atlântico, que já vinha sendo desenvolvido por Portugal.
Correta.
(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.
O labirinto da internet
Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.
(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).
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(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:
I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.
II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.
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(UEL - 2010)
FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.
(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)
Considere o trecho:
“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.
As palavras grifadas são
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(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,
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