Questão 59810

(FGV - 2012) Leia o trecho da canção abaixo para responder à questão:

Até que a filosofia que sustenta uma raça
Superior e outra inferior
Seja finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada,
Haverá guerra, eu digo, guerra.
(...)
Até que os regimes ignóbeis e infelizes,
Que aprisionam nossos irmãos em Angola, em Moçambique,
África do Sul, em condições subumanas,
Sejam derrubados e inteiramente destruídos, haverá
Guerra, eu disse, guerra.
(...)
Até esse dia, o continente africano
Não conhecerá a paz, nós, africanos, lutaremos,
Se necessário, e sabemos que vamos vencer,
Porque estamos confiantes na vitória
Do bem sobre o mal,
Do bem sobre o mal...

War. Bob Marley, 1976.

A canção War foi composta por Bob Marley a partir do discurso pronunciado pelo imperador da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975), em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas:

A

Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais raças humanas.

B

Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo.

C

Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus descendentes.

D

Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel.

E

Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na África do Sul.

Gabarito:

Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus descendentes.



Resolução:

a) Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais raças humanas.

Incorreto. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas aos principios pan-africanos.

b) Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo.

Incorreto. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas aos principios pan-africanos.

c) Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africanos e a seus descendentes.

Correta. Nos princípios pan-africanos, todos os diferentes povos nativos dos diferentes países da África tinham uns com os outros o dever de solidariedade, incluindo dessa forma a ideia de que uma nação que se tornasse independente de seus colonizadores tinha o dever de auxiliar as nações vizinhas a conquistar também essa independência. Culturalmente pregava a proximidade de todos os descendentes de povos africanos ao redor do mundo.

d) Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel.

Incorreto. As ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas aos principios pan-africanos.

e) Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na África do Sul.

Incorreto. A canção faz menção aos casos gerais em que a segregação racial, a eugenia e a dita superioridade racial foram implementadas, mas como essa alternativa aponta que a letra do texto de apoio faz menção ao apartheid, ela está incorreta. 



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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