(PUCRS 2012) Ao longo da chamada Alta Idade Média, na Europa Ocidental, o feudo torna-se progressivamente a unidade básica da vida social. Entre as características essenciais da ordem feudal, NÃO se pode apontar
a existência de terras comunais utilizadas por servos e senhores.
a constituição do burgo como zona fortificada do castelo senhorial.
a independência da propriedade da terra em relação aos laços políticos.
a posse camponesa da terra, voltada à produção para subsistência.
o caráter moral e religioso dos vínculos entre senhores e servos.
Gabarito:
a independência da propriedade da terra em relação aos laços políticos.
Para solucionar esta questão precisamos imaginar um feudo:
O feudo era uma grande extensão de terra que pertencia a um nobre, este nobre cedia um pedaço desta terra para outro nobre em troca de fidelidade e serviços (suserania e vassalagem) A partir daí o feudo ia se dividindo, temos três partes que eram "básicas", mais comuns dentro dos feudos:
Manso senhorial: era a parte que pertencia apenas ao senhor feudal, servos deviam trabalhar nesta mais ou menos três vezes por semana e a produção era destinada integralmente ao senhor feudal.
Manso servil: era a parte destina apenas a produção agrícola, aqui os servos plantavam para sua subsistência e parte da produção ia para o senhor. Aqui encontrava-se apenas servos, podemos dizer que enquanto ocorria a relação de suserania e vassalagem eles tinham posse dela, a posse pela utilização, enquanto o senhor feudal tinha posse legal, judicialmente ele é considerado o dono da terra.
Manso comunal: são as áreas que poderiam ser utilizadas tanto pelo servo quanto pelo senhor (bosques, pastos, área para coleta de alimentos silvestres, coleta de lenha)
A questão pede a alternativa INCORRETA
a) a existência de terras comunais utilizadas por servos e senhores.
Manso comunal.
b) a constituição do burgo como zona fortificada do castelo senhorial.
Burgos significa em sua origem uma região fortificada, pequena fortaleza, povoado. Estes eram as regiões onde as trocas entre os feudos eram realizadas, o comércio e as cidades não deixaram de existir durante a Idade Média apenas diminuíram e se tornaram mais afastados, a baixa Idade Média caracteriza um crescimento e fortalecimento exponencial destes
c) a independência da propriedade da terra em relação aos laços políticos.
A alternativa C está incorreta pois durante a Alta Idade Média em relação aos feudos o que acontecia era justamente o contrário. A propriedade da terra durante este período estava totalmente dependente aos laços políticos, quem possuía as terras eram os nobres e estes detinham o poder daquela região e comandavam todas as relações daquele período (suserania e vassalagem), todas as relações sociais, econômicas e políticas giravam em torno da propriedade da terra.
d) a posse camponesa da terra, voltada à produção para subsistência.
Manso servil
e) o caráter moral e religioso dos vínculos entre senhores e servos.
Tudo na sociedade feudal era baseado na moral e religião, eram estas que moldavam as leis vigentes
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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