(Ufu 2012)
Sobre a questão do lixo urbano, a análise da charge indica que, no Brasil,
o crescimento econômico vivenciado nos últimos anos tem repercutido na inclusão de mais pessoas na classe média. o que incrementa a produção de mais lixo.
o modelo de consumo adotado vem provocando o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.
a reciclagem tem sido uma alternativa sustentável e valorizada para diminuir a quantidade de lixo produzido.
o lixo urbano, em sua maioria, está sendo reaproveitado ou vendido para empresas de reciclagem.
Gabarito:
o modelo de consumo adotado vem provocando o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.
A questão apresentava uma charge que fazia referência ao crescimento do lixo urbano em razão da melhoria da renda da população e o consequente aumento do consumo de bens manufaturados. Nessas duas direções duas alternativas se colocavam como respostas provaveis para a questão: A letra A apresentava a afirmativa, “o crescimento econômico vivenciado nos últimos anos tem repercutido na inclusão de mais pessoas na classe média, o que incrementa a produção de mais lixo.” Tendo, a charge como titulo “o brasil de vento em popa” poderiamos afirmar a alternativa A como verdadeira pois, sabe-se, que o crescimento econômico provocou o aumento da renda e o crescimento da camada de renda intermediaria da população provocando dessa maneira um maior consumo de bens manufaturados e um crescimento da produção de lixo.
No entanto, a letra B apresentada pela UFU como resposta também se indica como verdadeira através da charge na medida em que, diante do crescimento da renda colocado na frase da charge “querida os indicadores econômicos mostram que estamos a todo o vapor”, ocorre um aumento do consumo num modelo que privilegia os bens manufaturados provocando um aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido. A que se considerar por fim que o termo “exagerado” colocado na alternativa cria um grau de subjetividade pois, mesmo com todo o crescimento do consumo na população brasileira ele não é exagerado frente ao consumo dos países ricos mas, manteremos o gabarito da UFU.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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