Questão 3394

(PUC-Rio - 2013 Verão)

Why are we so curious?

Cooking is something we all take for granted but a new theory suggests that if we had not learned to cook food, not only would we still look like chimps but, like them, we would also be compelled to spend most [5] of the day chewing.

I hate to disappoint you, but whatever your ambitions, whatever your long-term goals, I’m pretty sure that reading this column isn’t going to further them. It won’t stop you feeling hungry. It won’t provide [10] any information that might save your life. It’s unlikely to make you attractive to the opposite sex.

And yet if I were to say that I will teach you a valuable lesson about your inner child, I hope you will want to carry on reading, driven by nothing more than [15] your curiosity to find out a little more. What could be going on in your brain to make you so inquisitive?

We humans have a deeply curious nature, and more often than not it is about the minor tittletattle in our lives. Our curiosity has us doing utterly [20] unproductive things like reading news about people we will never meet, learning topics we will never have use for, or exploring places we will never come back to. We just love to know the answers to things, even if there’s no obvious benefit.

[25] From the perspective of evolution this appears to be something of a mystery. We associate evolution with ‘survival-of-the-fittest’ traits that support the essentials of day-to-day survival and reproduction. So why did we evolve to waste so much time? Shouldn’t [30] evolution have selected for a species which was – you know – a bit more focussed?

Child’s play

The roots of our peculiar curiosity can be linked to a trait of the human species called neoteny. [35] This is a term from evolutionary theory that means the “retention of juvenile characteristics”. It means that as a species we are more child-like than other mammals. Being relatively hairless is one physical example. A large brain relative to body size is another. [40] Our lifelong curiosity and playfulness is a behavioural characteristic of neoteny.

Neoteny is a short-cut taken by evolution – a route that brings about a whole bundle of changes in one go, rather than selecting for them one by one. [45] Evolution, by making us a more juvenile species, has made us weaker than our primate cousins, but it has also given us our child’s curiosity, our capacity to learn and our deep sense of attachment to each other.

And of course the lifelong capacity to learn is [50] the reason why neoteny has worked so well for our species. Our extended childhood means we can absorb so much more from our environment, including our shared culture. Even in adulthood we can pick up new ways of doing things and new ways of thinking, [55] allowing us to adapt to new circumstances.

Exploration bonus

In the world of artificial intelligence, computer scientists have explored how behaviour evolves when guided by different learning algorithms. An important [60] result is that even the best learning algorithms fall down if they are not encouraged to explore a little. Without a little something to distract them from what they should be doing, these algorithms get stuck in a rut, relying on the same responses time and time [65] again.

Computer scientists have learnt to adjust how these algorithms rate different possible actions with an ‘exploration bonus’ – that is, a reward just for trying something new. Weighted like this, the algorithms then [70] occasionally leave the beaten track to explore. These exploratory actions cost them some opportunities, but leave them better off in the long run because they’ve gained knowledge about what they might do, even if it didn’t benefit them immediately.

[75] The implication for the evolution of our own brain is clear. Curiosity is nature’s built-in exploration bonus. We’re evolved to leave the beaten track, to try things out, to get distracted and generally look like we’re wasting time. Maybe we are wasting time [80] today, but the learning algorithms in our brain know that something we learnt by chance today will come in useful tomorrow.

Obviously it would be best if we knew what we needed to know, and just concentrated on that. [85] Fortunately, in a complex world it is impossible to know what might be useful in the future. And thank goodness – otherwise we would have evolved to be a deadly-boring species which never wanted to get lost, never tried things to just see what happened or did [90] things for the hell of it.

Evolution made us the ultimate learning machines, and the ultimate learning machines need a healthy dash of curiosity to help us take full advantage of this learning capacity.

[95] Or, as Kurt Vonnegut said, “We are here on Earth to fart around. Don’t let anybody tell you any different.”

NEUROHACKS 19 June 2012
Why are we so curious?
Tom Stafford .
Retrieved on July 28, 2012.

*os números entre colchetes indicam o número das linhas do texto original.

For the author, the kind of exploratory learning that humans do (l. 62-79)

A

has difficulty with distractions.

B

needs to be involved with new and original things.

C

is inefficient because it needlessly wastes time.

D

will not happen by chance.

E

has not evolved enough to help humans survive.

Gabarito:

needs to be involved with new and original things.



Resolução:



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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