Com base na charge, assinale a opção que caracteriza corretamente a relação entre conhecimento sociológico e senso comum.
A sociologia é uma ciência que desmistifica o mundo, provando a veracidade das leis que regem a vida social.
A sociologia combate o senso comum, medindo e comprovando os mecanismos de funcionamento das instituições sociais.
A sociologia elabora marcos teóricos e conceitos analíticos para esclarecer as pessoas, liberando-as de suas superstições.
A sociologia é um campo de conhecimento que modifica a percepção rotineira, alterando a visão sobre a vida e o mundo ao redor.
A sociologia é um saber que estuda hábitos, costumes e tradições sociais, derivando-as do senso comum.
Gabarito:
A sociologia é um campo de conhecimento que modifica a percepção rotineira, alterando a visão sobre a vida e o mundo ao redor.
A) Incorreta. A sociologia não é uma ciência que desmistifica o mundo, o que antes da sociologia contribui para a desmistificação do conhecimento é a filosofia. Além disso, da forma como é explicado na afirmativa, dá a entender que "as leis que regem a vida social" são leis objetivas tais quais as da ciências da natureza, o que não é o caso.
B) Incorreta. A sociologia não combate o senso comum, até porque ele não precisa ser combatido pois nem sempre ele está errado. A sociologia costuma operar sob o senso comum no intuito de explicar a origem desse senso comum e como na verdade funcionam as coisas realmente.
C) Incorreta. A sociologia elabora marcos teóricos e conceitos analíticos para esclarecer a sociedade, não as pessoas.
D) Correta. A sociologia busca analisar a realidade além do senso do comum.
E) Incorreta. A sociologia de fato estuda hábitos, costumes e tradições sociais, porém, não as deriva do senso comum, e sim do conhecimento científico.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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