(Fgv 2014) Começou com a instituição do divórcio no país, em 1907, décadas antes dos vizinhos de América Latina. Continuou com a regulamentação da jornada de oito horas, sete anos depois, com o direito de voto às mulheres, em 1932, até uma série de recentes medidas modernizadoras. O motivo da fascinação do mundo pelo Uruguai parece ser a vanguarda e a reinvenção constantes no país.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2013/12/o-uruguai-ganha-o-mundo-4371416.html, acesso em 15/02/2014.
Sobre as recentes medidas modernizantes aprovadas pelo parlamento uruguaio e seus desdobramentos, considere as seguintes afirmações:
I. Em 2012, o parlamento uruguaio aprovou a descriminalização do aborto, desde que realizado até a 12ª semana de gestação. Entretanto, o presidente José Mujica vetou a implementação da medida, alegando questões éticas.
II. Em 2013, o parlamento uruguaio aprovou o casamento homossexual, se tornando o segundo país latino-americano a tornar lei a união entre pessoas do mesmo gênero, depois da Argentina.
III. Em 2013, o parlamento uruguaio aprovou uma lei descriminalizando o uso e conferindo ao Estado o papel de regulador da produção e da comercialização da maconha.
Está correto apenas o que se afirma em
II e III.
I e II.
I e III.
II.
III.
Gabarito:
II e III.
No Uruguai, em 2009, o parlamento abriu as portas para a adoção de crianças por casais gays. Em 2010, o governo decretou o fim da restrição à entrada de homossexuais nas Forças Armadas. O Uruguai aprovou em maio do mesmo ano o casamento homossexual, tornando-se o segundo país latino-americano a tornar lei a união entre pessoas do mesmo gênero, depois da Argentina. O aborto foi descriminalizado em outubro de 2012, mas não sem certa dificuldade. A legalização da prática havia sido aprovada pelo parlamento, em 2010, mas o então presidente, Tabaré Vázquez, alegou questões éticas e a medida. Em 2012, José Mujica apresentou novo projeto de lei, que foi aprovado e confirmado. Em novembro de 2013, foi aprovada a lei inédita que confere ao Estado o papel de regulador da comercialização e da produção de maconha no país. A legislação tem como intuito preservar o usuário da violência do narcotráfico e acabar com o crime organizado decorrente da indústria da droga.
Alternativa A
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
Ver questão
(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
Ver questão
(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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