Questão 62027

(PUC-PR Verão 2014) Pesquisadores brasileiros apresentaram duas novas espécies de aracnídeos pertencentes à ordem Schizomida, descobertas em cavernas úmidas em regiões áridas do Ceará e do Rio Grande do Norte. Em artigo publicado na revista PLoS One no dia 22 de maio, o biólogo Adalberto J. Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e seus colegas descreveram Rowlandius ubajara (Ceará) e Rowlandius potiguar (Rio Grande do Norte) como “aracnídeos de coloração marrom-avermelhada”. Ambos estavam em cavernas profundas de calcário onde não há luz. Eles vivem em meio às fezes de morcegos, colonizadas por pequenos insetos, como os das ordens dos colêmbolos e dos tisanuros, que provavelmente são o alimento dos aracnídeos. “As principais diferenças entre essas duas novas espécies são o formato do flagelo [rabicho] do macho e detalhes dos órgãos genitais internos da fêmea, que precisam ser dissecadas e examinadas no microscópio”, explica o professor da UFMG. “Algo interessante sobre o R. potiguar é o fato de existirem dois ‘tipos’ de machos”, diz. Uns, observa o pesquisador, têm pedipalpos [apêndices ao lado da boca] longos, enquanto outros apresentam pedipalpos curtos, parecidos com as fêmeas. Os animais são chamados de pelos próprios pesquisadores que fizeram a descoberta de “micro escorpião-vinagre” ou “escorpião-vinagre de flagelo curto”. O nome vem de glândulas que produzem uma secreção rica em ácido acético (daí o “vinagre” do nome popular), que é lançada contra possíveis agressores.

Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/06/07/pesquisadoresdescobrem-novas-especies-de-aracnideos-no-brasil/. Acesso em: 01 set. 2013.

 

Sobre a descoberta dessas novas espécies e seus hábitos, é CORRETO afirmar:

A

Rowlandius ubajara Rowlandius potiguar referese ao nome científico, composto pelo gênero que inicia com maiúsculo e o epíteto específico minúsculo, essas duas espécies pertencem à mesma família. 

B

Ambos estavam em cavernas profundas de calcário onde não há luz. O fato de esses insetos viverem em ambiente sem luz fez com que eles não desenvolvessem olhos. 

C

Essas novas espécies apresentam pedipalpos, característica típica de aracnídeos, bem como a presença de um par de antenas e oito patas. 

D

A nomenclatura científica identifica os novos animais como: “micro escorpião-vinagre” ou “escorpião-vinagre de flagelo curto”, por ser trinominal, trata-se de subespécies. 

E

As novas espécies de aracnídeos estão incluídas no filo dos artrópodes na classe dos insetos.

Gabarito:

Rowlandius ubajara Rowlandius potiguar referese ao nome científico, composto pelo gênero que inicia com maiúsculo e o epíteto específico minúsculo, essas duas espécies pertencem à mesma família. 



Resolução:

Alternativa A. Correta.

Alternativa B. Incorreta. A maior parte dos organismos que vivem em ambientes de baixa luminosidade não perdem os olhos ( caso das duas especies citadas) . Os olhos costumam ser poucos desenvolvidos mas continuam no organismo que possui alguma capacidade de reconhecer luz. 

Alternativa C. Incorreta. Aracnídeos não possuem antenas.

Alternativa D. Incorreta. A nomenclatura científica é sempre binomial, composto pelo gênero que inicia com maiúsculo e o epíteto específico minúsculo.

Alternativa E. Incorreta. Aracnídeos estão incluídos na classe Arachnida, não são insetos. 



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

__________________________________________________________________________________________________________________________________________

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

Ver questão

Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

Ver questão

Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

Ver questão

Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

Ver questão