(FGV - 2015)
Argentina defaults – Eighth time unlucky
Cristina Fernández argues that her country’s latest default is different. She is missing the point.
Aug 2nd 2014
ARGENTINA’S first bond, issued in 1824, was supposed to have had a lifespan of 46 years. Less than four years later, the government defaulted. Resolving the ensuing stand-off with creditors took 29 years. Since then seven more defaults have followed, the most recent this week, when Argentina failed to make a payment on bonds issued as partial compensation to victims of the previous default, in 2001.
Most investors think they can see a pattern in all this, but Argentina’s president, Cristina Fernández de Kirchner, insists the latest default is not like the others. Her government, she points out, had transferred the full $539m it owed to the banks that administer the bonds. It is America’s courts (the bonds were issued under American law) that blocked the payment, at the behest of the tiny minority of owners of bonds from 2001 who did not accept the restructuring Argentina offered them in 2005 and again in 2010. These “hold-outs”, balking at the 65% haircut the restructuring entailed, not only persuaded a judge that they should be paid in full but also got him to 1freeze payments on the restructured bonds until Argentina coughs up.
Argentina claims that paying the hold-outs was impossible. It is not just that they are “vultures” as Argentine officials often put it, who bought the bonds for cents on the dollar after the previous default and are now holding those who accepted the restructuring (accounting for 93% of the debt) to ransom. The main problem is that a clause in the restructured bonds prohibits Argentina from offering the hold-outs better terms without paying everyone else the same. Since it cannot afford to do that, it says it had no choice but to default.
Yet it is not certain that the clause requiring equal treatment of all bondholders would have applied, given that Argentina would not have been paying the hold-outs voluntarily, but on the courts’ orders. Moreover, some owners of the restructured bonds had agreed to waive their rights; 2had Argentina made a concerted effort to persuade the remainder to do the same, it might have succeeded. Lawyers and bankers have suggested various ways around the clause in question, which expires at the end of the year. But Argentina’s government was slow to consider these options or negotiate with the hold-outs, hiding instead behind indignant nationalism.
Ms Fernández is right that the consequences of America’s court rulings have been perverse, unleashing a big financial dispute in an attempt to solve a relatively small one. But 3hers is not the first government to be hit with an awkward verdict. Instead of railing against it, she should have tried to minimize the harm it did. Defaulting has helped no one: none of the bondholders will now be paid, Argentina looks like a pariah again, and its economy will remain starved of loans and investment.
Happily, much of the damage can still be undone. It is not too late to strike a deal with the hold-outs or back an ostensibly private effort to buy out their claims. A quick fix would make it easier for Argentina to borrow again internationally. That, in turn, would speed development of big oil and gas deposits, the income from which could help ease its money troubles.
More important, it would help to change 4perceptions of Argentina as a financial rogue state. Over the past year or so Ms Fernández seems to have been trying to rehabilitate Argentina’s image and resuscitate its faltering economy. She settled financial disputes with government creditors and with Repsol, a Spanish oil firm whose Argentine assets she had expropriated in 2012. This week’s events have overshadowed all that. For its own sake, and everyone else’s, 5Argentina should hold its nose and do a deal with the hold-outs.
(http://www.economist.com/news/leaders/21610263. Adapted)
The excerpt from the reference 2 – had Argentina made a concerted effort to persuade the remainder to do the same, it might have succeeded. – denotes an idea of
Gabarito:
hypothesis.
Resolução:
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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