Questão 25588

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

A economia mundial passa por um momento de mudança relevante, com início de um ciclo de fortalecimento do dólar "longo e persistente", avalia Affonso Celso Pastore, economista e ex-presidente do Banco Central (BC). "Estamos assistindo ao começo do ciclo de valorização do dólar. A depreciação aqui (no Brasil) vai ter que ser maior, é uma valorização do dólar em relação a todo mundo", afirmou durante o 1º Seminário de Política Monetária, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no Rio.


Disponível em: <http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2015/03/12/ internas_economia,565885/pastore-avalia-que-economia-mundial-passa-por-fortalecimento-persistente-dodolar.shtml> Acesso em: 20 de mar. 2015. 

Para o Brasil, o cenário econômico exposto implica o (a) 

A

aumento nos preços de equipamentos eletrônicos e bens duráveis. 

B

 queda nas exportações de mercadorias produzidas internamente. 

C

crescimento do fluxo de turistas brasileiros para fora do país. 

D

 ampliação na entrada de capital especulativo nas bolsas de valores brasileiras. 

Gabarito:

aumento nos preços de equipamentos eletrônicos e bens duráveis. 



Resolução:

Analisando cada uma das alternativas:

[A] Correta. A maior parte dos equipamentos eletrônicos e bens duráveis é exportado, por isso, com a valorização do dólar esses produtos passam a ter um custo maior.

[B] Incorreta. Com a valorização do dólar, ganha mais quem recebe e perde quem paga nesta moeda, por isso, as exportações tendem a aumentar já que quanto maior o valor do dólar mais o exportador receberá. 

[C] Incorreta. Com a valorização do dólar fica mais caro viajar para fora, por isso, o fluxo de turistas tende a diminuir.

[D] Incorreta. A valorização do dólar implica a desvalorização do real, por isso, a entrada de capital especulativo nas bolsas de valores brasileiras diminui.



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

Ver questão

Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

Ver questão

Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

Ver questão

Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

Ver questão