(UFU - 2015 - 1ª FASE)
Durante o Congresso de Viena, estabeleceram-se as bases políticas e jurídicas para uma nova ordenação da Europa destinada a durar um século redondo. O resultado dos pactos inaugurou uma época na qual os conflitos externos foram poucos; por outro lado, aumentaram as guerras civis e a “revolução” se fez incessante.
(KOSELLECK, Reinhart. La época das revoluciones europeas: 1780-1848. México: Siglo XXI, 1998. p.189. (Adaptado).)
A constituição do Congresso de Viena, em 1815, evidenciava a instabilidade da geopolítica da Europa, e tinha entre seus objetivos
o incentivo aos movimentos de libertação colonial, como forma de reduzir os conflitos que pudessem ameaçar o equilíbrio europeu.
a recomposição do equilíbrio europeu sob o domínio das forças conservadoras, antirrevolucionárias e anti-iluministas.
a preservação das aspirações nacionais de vários povos europeus, com o objetivo de evitar novos conflitos que colocassem em risco o equilíbrio da Europa.
a aceitação das fronteiras nacionais existentes em 1815, o que era visto como essencial para o fim dos conflitos entre as grandes potências.
Gabarito:
a recomposição do equilíbrio europeu sob o domínio das forças conservadoras, antirrevolucionárias e anti-iluministas.
a) o incentivo aos movimentos de libertação colonial, como forma de reduzir os conflitos que pudessem ameaçar o equilíbrio europeu.
Incorreta. Os países pertencentes ao Congresso de Viena eram contra aos movimentos de emancipação das colônias da América.
b) a recomposição do equilíbrio europeu sob o domínio das forças conservadoras, antirrevolucionárias e anti-iluministas.
Correta. Com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1814, as nações europeias vitoriosas reuniram-se na Áustria( capital Viena, por isso o nome da aliança política) com o objetivo de formar uma frente contra as ideias liberais e de restabelecer as estruturas de poder do Antigo Regime com características: conservadoras, antirrevolucionárias e anti-iluministas.
c) a preservação das aspirações nacionais de vários povos europeus, com o objetivo de evitar novos conflitos que colocassem em risco o equilíbrio da Europa.
Incorreta. Os países europeus que se reuniram em Viena procuraram restabelecer o equilíbrio de forças entre si para garantir a paz no continente europeu, mas a aspiração nacional dos países não era um dos pontos defendidos pelo Congresso de Viena.
d) a aceitação das fronteiras nacionais existentes em 1815, o que era visto como essencial para o fim dos conflitos entre as grandes potências.
Incorreta. O Congresso de Viena foi responsável pela remodelagem das fronteiras dos países europeus antes das conquistas napoleônicos que marcaram as primeiras décadas do século XIX.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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