(UFU - 2015 - 1ª FASE)
O McSorley’s ocupa o térreo de um prédio de tijolinhos vermelhos, é o número 15 da rua 7, vizinho à Cooper Square, onde termina a Bowery. Foi inaugurado em 1854 e é o bar mais antigo de Nova York. Em seus 86 anos, teve quatro proprietários – um imigrante irlandês, seu filho, um policial aposentado, sua filha –, todos eles avessos a mudanças. Embora disponha de energia elétrica, o bar teima em ser iluminado por duas lâmpadas a gás – toda vez que alguém abre a porta, a luz oscila e projeta sombras no teto baixo coberto de teias de aranha. Não há caixa registradora. As moedas são atiradas em tigelas – uma para as de 5 centavos, uma para as de 10, uma para as de 50 –, e as notas são guardadas num cofre de madeira.
(Este texto foi publicado na década de 40 pela revista The New Yorker. As datas do original foram mantidas)
MITCHEL, Josef. O bar do McSorley. Piauí. São Paulo, ano 9, n. 100, p. 42, jan. 2015. (Fragmento).
No fragmento, retirado de um texto em que se conta a história de um bar novaiorquino, são predominantes as sequências textuais de tipo
expositivo.
narrativo.
descritivo.
argumentativo.
Gabarito:
descritivo.
[C]
No fragmento de texto, em que se conta a história de um bar novaiorquino, são predominantes as sequências textuais de tipo descritivo, nas quais são apontados detalhes do local.
Como exemplo, temos: “Embora disponha de energia elétrica, o bar teima em ser iluminado por duas lâmpadas a gás – toda vez que alguém abre a porta, a luz oscila e projeta sombras no teto baixo coberto de teias de aranha. Não há caixa registradora.”
A alternativa C, portanto, responde à questão.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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