(UFU - 2015 - 1ª FASE)
O período posterior à Segunda Guerra Mundial foi de enorme crescimento produtivo nos países desenvolvidos. Denominados de anos gloriosos ou de idade do ouro, o fato é que os primeiros trinta anos do pós-guerra constituíram uma era única na história contemporânea. A espantosa recuperação do mundo capitalista, quanto ao crescimento econômico e avanços tecnológicos, revolucionou as pautas de consumo e comportamento até então existentes.
PADRÓS, Enrique Serra. Capitalismo, prosperidade e estado de bem-estar social. In: FILHO, Daniel Aarão Reis. FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX. O tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 229. (Adaptado).
A euforia econômica que caracterizou o mundo capitalista nos trinta anos seguintes ao fim da II Guerra estava fortemente relacionada
ao crescimento dos níveis de desemprego, formando um exército de mão de obra de reserva que estimulou a acumulação capitalista.
ao desenvolvimento de outras formas de energia, com a consequente redução da dependência em relação ao petróleo.
à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados
à desindustrialização do Terceiro Mundo, tornando esta região especializada no fornecimento de matérias-primas para os países do centro do capitalismo.
Gabarito:
à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados
ao crescimento dos níveis de desemprego, formando um exército de mão de obra de reserva que estimulou a acumulação capitalista.Comentário: alternativa incorreta. A Segunda Guerra Mundial possibilitou um grande estímulo da indústria bélica para todos os países participantes diretamente e indiretamente do conflito, que viabilizou no grande aumento do emprego, principalmente evidenciado para as potências vencedoras da guerra, como foi o caso dos EUA.
ao desenvolvimento de outras formas de energia, com a consequente redução da dependência em relação ao petróleo.Comentário: alternativa incorreta. O petróleo foi importante desde o final do século XIX e no desenrolar do século XX, não reduzindo a dependência dessa fonte de energia.
à recuperação da economia europeia, que, através do estado de bem-estar social, conseguiu assegurar a acumulação capitalista em níveis elevados. Comentário: alternativa correta porque nas primeiras décadas do pós guerra, os EUA foram responsáveis pela ajuda econômica aos países ocidentais que foram destruídos pela guerra(Plano Marshall), que viabilizou o crescimento da economia europeia e a acumulação monetária.
à desindustrialização do Terceiro Mundo, tornando esta região especializada no fornecimento de matérias-primas para os países do centro do capitalismo.Comentário: alternativa incorreta. A industrialização dos países integrantes do Terceiro Mundo foi marcado no contexto da Segunda Guerra Mundial e do pós guerra, porém não no mesmo padrão alcançado pelos países do Primeiro e Segundo Mundo( não é correto afirmar a desindustrialização).
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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