(UFU - 2015 - 1ª FASE)
Para verificar se em uma amostra de água existem traços de íon cloreto, um estudante, no laboratório de química, decidiu adicionar, lenta e continuamente, nitrato de prata, AgNO3, 0,01 mol/L. É sabido que o produto de solubilidade do AgCl é 2 x 10-10. Teoricamente, o estudante previu que haveria:
Precipitação do cloreto de prata se a concentração do íon cloreto fosse maior ou igual a 2 x 10-8 mol/L.
Efervescência, com liberação de gás carbônico, se a concentração do íon cloreto fosse menor ou igual a 2 x 10-10 mol/L.
Liberação de odor característico, se o nitrato, ao reagir com o cloreto de concentração 10-2 mol/L, liberasse o gás amônia
Mudança de cor da solução, indicando a presença de íon cloreto com concentração igual a 0,01 mol/L.
Gabarito:
Precipitação do cloreto de prata se a concentração do íon cloreto fosse maior ou igual a 2 x 10-8 mol/L.
O AgNO3 é dissociado em solução, conforme a equação
AgNO3(aq) ⇌ Ag+(aq) + NO3-(aq)
O aumenta da concentração de íons Ag+ influencia no equilíbrio de solubilidade do AgCl, representado pela equação
AgCl(s) ⇌ Ag+(aq) + Cl-(aq)
O quociente de solubilidade do AgCl é dado pela equação
Se Qps > Kps, ocorre a precipitaçao do AgCl. Para que ocorra precipitação do sal, as concentrações dos íons Ag+ e Cl- devem ser
E, portanto,
Substituição da concentração de Ag+:
Portanto, ocorrerá precipitação de AgCl se a concentração de íons Cl- for maior que 2 x 10-8 mol/L.
a) Correta.
b) Incorreta. Não ocorre formação de gás carbônico nas reações apresentadas.
c) Incorreta. A amônia não é formada pela reação entre o nitrato e o cloreto.
d) Incorreta. As espécies solúveis envolvidas nos equilíbrio são incolores. A precipitação do AgCl pode ser identificada pela formação de um sólido branco, mas neste caso não se trata de uma mudança de coloração da solução e a concentração de íons cloreto não seria 0,01 mol/L.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
Ver questão
(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
Ver questão
(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
Ver questão
(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
Ver questão