(UFU - 2015 - 1ª FASE)
Quando se fala em ciência, é fundamental levar em conta a imparcialidade e o olhar objetivo; porém, todo pesquisador está inserido em um contexto cultural e afetivo; aquilo que o profissional viveu, bem como suas características pessoais, pode trazer perspectivas novas e valiosas para a observação e a compreensão de um objeto ou fenômeno.
Revista Mente e Cérebro, Ano XXI, n. 265, p. 56 (Fragmento).
Em relação à proposição em negrito, é INCORRETO afirmar que sua função é
apresentar um evento real, para que a proposição que lhe sucede seja tida como consequência necessária.
acrescentar informações adicionais ao que se quer priorizar como informação principal.
marcar uma condição que, uma vez preenchida, tornará aceitável o conteúdo que lhe sucede.
expressar um tempo posterior ao que se afirma na proposição que lhe sucede.
Gabarito:
expressar um tempo posterior ao que se afirma na proposição que lhe sucede.
[D]
A respeito do termo destacado no texto – “Quando se fala em ciência” – é incorreto afirmar que sua função é expressar um tempo posterior ao que se afirma na proposição que lhe sucede.
Seguem as justificativas das alternativas:
a. apresentar um evento real, para que a proposição que lhe sucede seja tida como consequência necessária. (Alternativa correta, pois em “Quando se fala em ciência” há a apresentação de um evento real, para que as informações sejam apontadas como consequência.)
b. acrescentar informações adicionais ao que se quer priorizar como informação principal. (Alternativa correta, pois a expressão acrescenta informações adicionais à informação principal.)
c. marcar uma condição que, uma vez preenchida, tornará aceitável o conteúdo que lhe sucede. (Alternativa correta, pois “Quando se fala em ciência” marca uma condição que indica o conteúdo a ser apresentado.)
d. expressar um tempo posterior ao que se afirma na proposição que lhe sucede. (Alternativa incorreta)
Pelo fato de a informação presente na alternativa D estar incorreta, essa alternativa deve ser assinalada como resposta à questão.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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