Questão 19363

(PUC-PR 2016)

“O ácido sulfúrico é tido como um indicador da economia de um país, pois é o produto químico mais utilizado pela indústria. Sua aplicação tem larga escala, desde em fertilizantes e baterias de automóveis, até no refino do petróleo. É extremamente solúvel em água, porém, isto deve ser feito com muita cautela, pois seus vapores são liberados agressivamente”.

Disponível em: http://www.brasilescola.com/

Uma das maneiras de produzi-lo é através das reações com oxigênio, o qual ocupa uma fração de 21%, aproximadamente, no ar atmosférico. A partir das informações fornecidas e utilizando as reações não balanceadas apresentadas a seguir, referentes às etapas de produção de ácido sulfúrico.

Dados:
(Ma(g/mol): H = 1,O = 16, S = 32).
Volume molar na CNTP: 22,71 L/mol.
Avogadro = 6 x 1023.

I. S8(s) + O2(g) → SO2(g)

II. SO2(g) + O2(g) → SO3(g)

III. SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(aq)

Assinale a alternativa CORRETA.

A

Para produzir 40 g de ácido sulfúrico, são necessárias 17 g de enxofre.

B

Devemos colocar cuidadosamente a água no ácido, pois seus vapores são liberados, podendo causar queimaduras graves no corpo do manuseador.

C

O volume de ar que conterá O2(g) suficiente para combustão completa de 50 g de enxofre será de aproximadamente 253 L.

D

O ácido sulfúrico também pode ser denominado anidrido sulfuroso.

E

Para se obter 1,2×1021 moléculas de ácido sulfúrico, há necessidade de 3×10-4 mol de dióxido de enxofre.

Gabarito:

O volume de ar que conterá O2(g) suficiente para combustão completa de 50 g de enxofre será de aproximadamente 253 L.



Resolução:

Analisando cada uma das alternativas:

[A] Incorreta. Essa é uma reação que ocorre em etapas, portanto, a equação global é obtida somando as três:

Portanto, a equação global balanceada é: 

1 S8(s) + 12 O2(g) + 8 H2O(l) → 8 H2SO4(aq)

A proporção de enxofre e ácido sulfúrico é 1 mol S8 : 8 mol H2SO4. Como a alternativa trabalha com os dados em massa, é preciso transformar quantidade de matéria em massa, e pra isso usamos a massa molar. A massa molar do S8 é 256g/mol e do H2SO4 é 98g/mol, então a proporção em massa é:

1 mol S8 : 8 mol H2SO4.

256 g  S8 : 784 g H2SO4.

Para se obter 40 g de ácido sulfúrico a massa necessária de enxofre será:

256 g  S8 --------- 784 g H2SO4.

x --------------------- 40 g de H2SO4

x = 13,06 g de S8.

Portanto, a massa necessária de enxofre é 13,06g e não 17g.

[B] Incorreta. Devemos verter sempre o ácido na água porque a diluição é exotérmica, portanto, a temperatura se eleva muito. Ao verter o ácido na água, caso haja algum tipo de "espirramento", vai ser água e não ácido.

[C] Correta. A proporção do enxofre para o oxigênio é 1 mol S8(s) :12 mol O2(g). Portanto, a proporção em massa de enxofre e quantidade de matéria de O2 vai ser:

1 mol S8(s) :12 mol O2(g)

256g S8(s) :12 mol O2(g).

Para reagir com 50g de enxofre a quantidade de matéria de Onecessária é:

256g S8(s) --------- 12 mol O2(g).

50g de S8 ------- x

x = 2,34 mol de O2

Parra converter a quantidade de matéria em volume, utiliza-se o dado de volume molar:

1 mol de O2 -------- 22,71 L

2,34 mol de O2 ----- x

x = 53,14 L de O2

O volume necessário de O2 é esse, porém, a questão pergunta a respeito do volume de ar. Como 21% do ar é composto por O2 é necessário encontrar o volume de ar no qual 53,14 L corresponde a 21%:

53,14 L ------------ 21%

x --------------------- 100%

x = 253 L de ar

[D] Incorreta. Anidrido sulfuroso é aquele obtido pela desidratação do H2SO3, portanto é o SO2.

[E] Incorreta. Como essa alternativa quer uma relação entre dióxido de enxofre e ácido sulfúrico, é necessário somar as equações II e III.

Portanto, a equação global balanceada é: 

2 SO2(g) + O2(g) + 2 H2O(l) → 2 H2SO4(aq)

A constante de avogadro indica a quantidade de moléculas em 1 mol, portanto a proporção entre SO2 e H2SO4 em quantidade de moléculas é:

2 mol de SO2 : 2 mol de H2SO4

2 · 6x1023 : 2 · 6x1023 

Então, a proporção é 1:1. Por isso, para obter 1,2x1021 moléculas de H2SO4 são necessárias 1,2x1021 moléculas de SO2.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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