Questão 26266

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

Uma barra: na era das mensagens de texto e das descrições de perfis no Twitter, ela se tornou um sinal de pontuação universal para aqueles que querem descrever rapidamente suas atividades sociais (jantar/drinques), as ambições de carreira (trabalho/diversão) e até mesmo os arranjos amorosos (amigo/ amante).

Mas, para alguns integrantes da geração Y (aqueles nascidos entre 1980 e 2000), ela se transformou em uma espécie de marcador de identidade (advogada/atriz; relações públicas/DJ; executiva/cozinheira) para aqueles que trabalham em dois (ou mais) mundos diferentes.

Ao contrário de legiões de americanos que têm vários empregos por necessidade, esses jovens escolhem se esticar entre várias atividades. Enquanto um trabalho geralmente paga as contas, outro permite algo mais criativo. Eles consideram esse coquetel de atividades essencial para o bem-estar e consideram que se concentrar em apenas uma coisa para o resto da vida é antiquado.

"Uma coisa para o resto da minha vida? Absolutamente não", diz Maxwell Hawes 4°, 25, que atualmente se alterna entre uma companhia de tecnologia para publicidade em San Francisco e uma start-up (empresa iniciante) e de vestuário masculino. "Eu não imagino como seria isso." 


Folha de S. Paulo, 28 de dezembro de 2014.  


A citação, entre aspas, presente no fim do texto relaciona-se à ideia desenvolvida no parágrafo anterior com o objetivo de apresentar um(a)  

A

argumento de autoridade. 

B

estratégia de persuasão. 

C

exemplificação como prova. 

D

interlocução direta. 

Gabarito:

exemplificação como prova. 



Resolução:

A citação, entre aspas, presente no fim do texto relaciona-se à ideia desenvolvida no parágrafo anterior com o objetivo de apresentar um(a)  

Comentário geral: a alternativa C "exemplificação como prova." é considerada como a correta porque as aspas, no último parágrafo, marcam o posicionamento de Maxwell Hawes 4º em suas duas falas: “uma única coisa para o resto da minha vida. Absolutamente não” e “Eu não imagino como seria isso”. Essa visão é explorado pelo autor como representação do seu argumento ao longo do texto.As demais alternativas(A,B,D) não conferem com a finalidade do uso do recurso das aspas.

 



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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