Questão 3104

(UNICAMP - 2016 - 1ª FASE)

"If you believe in freedom of speech, you believe in freedom of speech for views you don't like. Goebbels was in favor of freedom of speech for views he liked. So was Stalin. If you're in favor of freedom of speech, that means you're in favor of freedom of speech precisely for views you despise.

(Noam Chomsky)

Fonte: http://noam-chomsky.tumblr.com/post/7223808896/if-you-believe-in-freedom-of-speech-you-believe.

O autor do texto 

A

despreza os que restrigem a liberdade de expressão.

B

critica os excessos de liberdade de expressão.

C

critica a falta de liberdade de expressão.

D

defende a liberdade de expressão sem restrições.

Gabarito:

defende a liberdade de expressão sem restrições.



Resolução:

[D]

Comentário das afirmativas: 

a) despreza os que restrigem a liberdade de expressão. >> Chomsky não explicita o desprezo por pessoas com liberdade de expressão, e inclusive defende o direito dessas pessoas de se expressarem. Não há uma crítica direta às pessoas, mas sim a suas ações. 

b) critica os excessos de liberdade de expressão. >> o autor não critica a liberdade de expressão, e nem acredita que ela possui excessos pois, para ele, ela deve ser irrestrita. 

c) critica a falta de liberdade de expressão. >> no texto não há uma crítica direta à falta de liberdade de expressão, mas sim uma defesa e conceituação do que seria, para o autor, a verdadeira liberdade de expressão. 

► d) defende a liberdade de expressão sem restrições. >> diferente dos pensamentos criticados (como os de Goebbels e Stalin), Chomsky defende a liberdade irrestrita de expressão, inclusive das opiniões às quais cada um se opõe, ou despreza. 

RESOLUÇÃO UNICAMP:

A alternativa correta é a d, pois afirma que Chomsky defende a liberdade de expressão sem restrições, até mesmo quando estão envolvidas visões que ele despreza. As outras alternativas jogam com outros pontos  de vista sobre a liberdade de expressão: a alternativa a, apesar de usar a palavra "despreza", a utiliza de maneira equivocada, pois o texto não afirma que o autor despreza os que restringem a liberdade de expressão. A palavra "despreza" foi inserida nessa alternativa para confirmar o entendimento do bom leitor e minimizar possíveis tentativas de adivinhação. O ponto de vista expresso na alternativa b vai em direção contrária, porque critica os excessos de liberdade de expressão, enquanto o ponto de vista indicado em c é de crítica à falta de liberdade de expressão. Portanto, não se justificam.



Questão 2440

(Unicamp 2016)

Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.

(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)

Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:

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Questão 2558

(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)

É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.

Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).

Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.

O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”

Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.

Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro”  biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.

Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as  erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.

"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala,  recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os  nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se  entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e  governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

 

A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:

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Questão 2559

(Unicamp 2016)

 

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar

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Questão 2560

(Unicamp 2015)

 

Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.

Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.

 

Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.

Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.

 

Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.

Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.

 

 

Podemos afirmar que:

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