(FGV - 2017) A Comuna é, assim, um órgão executivo e legislativo ao mesmo tempo, onde os poderes não estão “divididos”, mas sim “descentralizados”. (...) nasce como prefeitura e age como tal. Mas acima dela nada existe. (...) A Comuna toma funções próprias do Estado centralizador e, ao projetá-lo em uma dimensão municipal, converte-se, de fato, em uma reformulação fundamental da relação entre o poder e a sociedade. (...) seria o “governo dos produtores”, a “república do trabalho”.
(Horácio González. A Comuna de Paris, 1982)
A partir do excerto e do que se sabe sobre a Comuna, é correto afirmar que
a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à Primeira Guerra, em 1914, e visava manter as relações típicas entre o poder e a sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é, baseadas no capital e na propriedade; foi derrotada.
foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade abandonada pelo governo de Thiers, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a sociedade da ordem liberal burguesa; foi vencedora.
a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi derrotada.
os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço alemão sobre a cidade; eles tinham o objetivo de alterar as relações democráticas existentes, baseadas na cooperação e na descentralização; foram vencedores.
a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866, para proteger o governo antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja ação privilegiava os interesses dos trabalhadores urbanos e do campo; foi derrotada.
Gabarito:
a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi derrotada.
a) a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à Primeira Guerra, em 1914, e visava manter as relações típicas entre o poder e a sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é, baseadas no capital e na propriedade; foi derrotada.
Incorreto. A Comuna de Paris ocorreu em 1871, e não em meio à Primeira Guerra, em 1914.
b) foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade abandonada pelo governo de Thiers, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a sociedade da ordem liberal burguesa; foi vencedora.
Incorreto. À Guerra Franco-Prussiana, que não ocorreu em 1914, e sim entre 1870 e 1871. Ademais, a Comuna de Paris foi derrotada.
c) a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi derrotada.
Correta. A Comuna de Paris fundada em 1871 como uma forma da resistência popular contra a invasão da Prússia à França, no contexto da Guerra Franco-Prussiana. Após tentar estabelecer uma administração política que defendesse os interesses dos trabalhadores, a Comuna não conseguiu se segurar por muito tempo, visto que foi derrotada 71 dias após ter se erguido.
d) os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço alemão sobre a cidade; eles tinham o objetivo de alterar as relações democráticas existentes, baseadas na cooperação e na descentralização; foram vencedores.
Incorreto. A Comuna de Paris não nasceu para impedir o avanço alemão sobre a cidade. Ademais, eles foram derrotados.
e) a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866, para proteger o governo antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja ação privilegiava os interesses dos trabalhadores urbanos e do campo; foi derrotada.
Incorreto. A Comuna nasceu em 1871, e à Guerra Franco-Prussiana ocorreu entre 1870 e 1871.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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