Questão 40322

(PUC/ Camp - 2017)  TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo.

Os enciclopedistas constituíram uma pequena elite de letrados e de técnicos, ligados à vida material como elementos de ponta do progresso econômico e também estreitamente vinculados ao aparato estatal, o qual se esforçaram por tornar melhor e mais racional. (...) Por toda a parte na Europa das Luzes, encontramos esta pretensão e esta vontade [dos filósofos] de pôr-se à testa e na direção da sociedade.

VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-240.

A elite intelectual a que o texto se refere foi responsável pela organização e publicação do mais importante veículo de divulgação das ideias do Iluminismo, no século XVIII: a Enciclopédia. Essa obra de inspiração racionalista,

A

defendia a teoria de que a economia deveria funcionar por suas próprias leis e na eliminação da intervenção do Estado sobre os negócios comerciais que entravava as aduanas internas.

B

estabelecia a tese segundo a qual as estruturas sociais eram determinadas pelas circunstâncias ambientais e pela liberdade como direito incontestável de todos os homens da época.

C

afirmava que a única esperança de garantir os direitos de cada um seria ceder todos esses direitos à comunidade civil para que a governasse de acordo com as ideias dos filósofos iluministas.

D

defendia uma monarquia absolutista moderada por um governo baseado na razão e no ideário político e social vigente na época e não mais pelos pressupostos religiosos divulgados pela Igreja.

E

propunha, de maneira geral, a imediata autonomização da Igreja em relação ao Estado e o combate às superstições e às diversas manifestações do pensamento dogmático eclesiástico.

Gabarito:

propunha, de maneira geral, a imediata autonomização da Igreja em relação ao Estado e o combate às superstições e às diversas manifestações do pensamento dogmático eclesiástico.



Resolução:

“A elite intelectual a que o texto se refere foi responsável pela organização e publicação do mais importante veículo de divulgação das ideias do Iluminismo, no século XVIII: a Enciclopédia. Essa obra de inspiração racionalista,”

a) defendia a teoria de que a economia deveria funcionar por suas próprias leis e na eliminação da intervenção do Estado sobre os negócios comerciais que entravava as aduanas internas.

Incorreta. Esta seria a definição do liberalismo econômico. Alguns iluministas defendiam este, contudo, não era uma ideia geral que pode ser associada a todas as enciclopédias do período.

b) estabelecia a tese segundo a qual as estruturas sociais eram determinadas pelas circunstâncias ambientais e pela liberdade como direito incontestável de todos os homens da época.

Incorreta. Também representa as ideias de uma parcela dos iluministas, mas não podem ser generalizadas como ideais dos enciclopedistas, especialmente Diderot e D'Alembert.

c) afirmava que a única esperança de garantir os direitos de cada um seria ceder todos esses direitos à comunidade civil para que a governasse de acordo com as ideias dos filósofos iluministas.

Incorreta. Os iluministas defendiam sim a presença de um Estado e este era o responsável por garantir os direitos a população; cada um defendia uma forma de Estado.

d) defendia uma monarquia absolutista moderada por um governo baseado na razão e no ideário político e social vigente na época e não mais pelos pressupostos religiosos divulgados pela Igreja.

Incorreta. Também representa os ideais de uma parcela de iluministas, mas não podem ser generalizadas como correspondente ao ideal dos enciclopedistas, que eram contrários à monarquia absoluta. 

e) propunha, de maneira geral, a imediata autonomização da Igreja em relação ao Estado e o combate às superstições e às diversas manifestações do pensamento dogmático eclesiástico.

Correta. O racionalismo e o antropocentrismo são duas das características gerais do Iluminismo. De maneira geral todos os iluministas defendiam uma separação maior da Igreja do Estado (às vezes total às vezes não, um distanciamento) e combatiam as explicações baseadas apenas nos dogmas, priorizavam a racionalidade.



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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