(Puccamp-SP-2017)
“A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores.”
O período acima recebeu outras formulações. A redação que, clara e correta – considerada a norma-padrão da língua −, não prejudica o sentido original é:
A variedade que a vida possui possibilita ter vários caminhos; que o cronista, em sua função, percorra pelo menos um por onde transitar podendo ter a preferência de acompanhar muitos e bons leitores.
Bons caminhos são vários na vida e todos há de conduzir a bons destinos; o cronista necessita algum caminho que transite na companhia, preferencialmente, de muitos e bons leitores.
A vida oferece, com certeza, vários e bons caminhos; cabe ao cronista encontrar algum que lhe permita nele transitar na companhia de muitos e, de preferência, bons leitores.
O cronista deve encontrar, sendo essa a função desse profissional, algum caminho aonde possa estar junto com muitos e bons leitores, de preferência, pois a variedade da vida há de bem conduzi-lo.
A vida há de oferecer, em sua variedade, um bom caminho ao cronista, conduzindo-lhe; sua função é encontrar uma passagem, afim de que ele transite, preferencialmente, junto a muitos e bons leitores.
Gabarito:
A vida oferece, com certeza, vários e bons caminhos; cabe ao cronista encontrar algum que lhe permita nele transitar na companhia de muitos e, de preferência, bons leitores.
O período acima recebeu outras formulações. A redação que, clara e correta – considerada a norma-padrão da língua −, não prejudica o sentido original é:
a) A variedade que a vida possui possibilita ter vários caminhos; que o cronista, em sua função, percorra pelo menos um por onde transitar podendo ter a preferência de acompanhar muitos e bons leitores.Comentário: alternativa incorreta.A alternativa A está incorreta, pois o trecho " podendo ter a preferência de acompanhar muitos e bons leitores. " apresenta o sentido de haver uma possibilidade de haver uma preferência por parte do cronista em acompanhar muitos e bons leitores". Diferentemente, da oração de referência "por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores.” que realmente de fato há a preferência de acompanhar de muitos e bons leitores. Além disso, o uso da vírgula na frase de referência destacando "de preferência" é destacar que dentro do grupo de muitos leitores deve-se dar a prioridade ao bons leitores. Já na frase da alternativa A, com a ausência da vírgula, atribui o sentido de preferir tantos muitos leitores quanto bons leitores.
b) Bons caminhos são vários na vida e todos há de conduzir a bons destinos; o cronista necessita algum caminho que transite na companhia, preferencialmente, de muitos e bons leitores.Comentário: alternativa incorreta.Houve uma modificação no sentido do texto original.
c) A vida oferece, com certeza, vários e bons caminhos; cabe ao cronista encontrar algum que lhe permita nele transitar na companhia de muitos e, de preferência, bons leitores. Comentário: alternativa correta.A alternativa C não apresentou uma generalização, pois ao utilizar o advérbio " com certeza" atribuiu o sentido de afirmação e de convicção ao que foi dito pela frase de referência do enunciado, não implicando na mudança de sentido com a reescrita apresentada nessa alternativa.
d) O cronista deve encontrar, sendo essa a função desse profissional, algum caminho aonde possa estar junto com muitos e bons leitores, de preferência, pois a variedade da vida há de bem conduzi-lo. Comentário: alternativa incorreta.Houve uma modificação no sentido do texto original.
e) A vida há de oferecer, em sua variedade, um bom caminho ao cronista, conduzindo-lhe; sua função é encontrar uma passagem, afim de que ele transite, preferencialmente, junto a muitos e bons leitores. Comentário: alternativa incorreta.A alternativa E está incorreta porque partindo do mesmo sentido apresentado no começo da oração de referência do enunciado:"A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho", entende-se que a variedade da vida conduzirá a um bom caminho, a qual não enfatiza para quem esse bom caminho será destinado. Diferentemente do sentido estabelecido no começo da oração da alternativa E" A vida há de oferecer, em sua variedade, um bom caminho ao cronista" , pois nesse caso fica explícito que a vida em sua variedade é um bom caminho destinado exclusivamente para o cronista.
(PUC-SP-2001)
A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.
No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.
Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.
Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:
“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”
Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.
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(Pucpr 2004)
"Aula de Português"
A linguagem na ponta da língua,
tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada das estrelas,
sabe lá o que ela quer dizer?
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.)
Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA:
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(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.
A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.
CAPÍTULO 2 (O CORPO)
Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor
Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés
Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.
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(Puccamp 2016)
Editorial
Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.
Comenta-se com correção:
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