Questão 40329

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

 

Nas quatro décadas de transição entre os séculos XIX e XX (1885-1925), paralelamente à expansão acelerada da industrialização, dos fluxos migratórios e de maciços investimentos em benfeitorias e prédios urbanos, propiciados pela valorização crescente do café, constitui-se na cidade de São Paulo um embrião avantajado de mercado de arte, dotado das principais características de seus congêneres estrangeiros.

MICELI, Sergio. Nacional Estrangeiro. História social e cultural do modernismo artístico em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 2003, p. 21.

(Puccamp 2018)  A ocorrência da Revolução industrial, na Inglaterra do século XVIII, foi favorecida por alguns fatores, tais como

A

a hegemonia inglesa no comércio marítimo internacional e a ampliação de mercados dela resultante.

B

a farta concessão de créditos pelo Banco da Inglaterra a donos de manufaturas e os acordos econômicos estabelecidos com metrópoles coloniais, caso do Tratado dos Panos e Vinhos.

C

a divisão do trabalho propiciada pelo taylorismo e os investimentos da burguesia inglesa após a Revolução Gloriosa.

D

a difusão do tear mecânico e a migração espontânea do campo para os centros urbanos, gerando excedente de oferta de mão de obra especializada.

E

o fornecimento a baixos preços de lã e algodão pelas Treze Colônias e a garantia do mercado consumidor mediante o estabelecimento de pactos coloniais com a Índia e a Austrália.

Gabarito:

a hegemonia inglesa no comércio marítimo internacional e a ampliação de mercados dela resultante.



Resolução:

a) a hegemonia inglesa no comércio marítimo internacional e a ampliação de mercados dela resultante.

Correta. A ocorrência da Revolução industrial, na Inglaterra do século XVIII, foi favorecida pela hegemonia inglesa no comércio marítimo internacional, visto que tinha tropas, armamentos, embarcações e tecnologias importantes na época. Essa hegemonia se configurou, por exemplo, na edição dos Atos de Navegação, em que buscavam restringir o uso de navios estrangeiros, exceto os britânicos, no comércio entre o Reino Unido e suas colônias pelo mundo, e na edição do Bill Aberdeen, que permitia que os navios ingleses capturassem ou afundassem os navios que exerciam tráfico de contingentes populacionais escravizados. Portanto, toda essa influência da Inglaterra colaborou para que ocorresse a Revolução Industrial. 

b) a farta concessão de créditos pelo Banco da Inglaterra a donos de manufaturas e os acordos econômicos estabelecidos com metrópoles coloniais, caso do Tratado dos Panos e Vinhos.

Incorreta. O erro está em "farta concessão de créditos pelo Banco da Inglaterra". O Banco da Inglaterra foi de fato criado neste período, mas era um iniciativa privada e concedeu algumas concessões, mas não em larga escala

c) a divisão do trabalho propiciada pelo taylorismo e os investimentos da burguesia inglesa após a Revolução Gloriosa.

Incorreta. Está incorreta devido "a divisão do trabalho propiciada pelo taylorismo" o taylorismo é posterior ele é estabelecido apenas na Segunda Revolução Industrial, já no século XX

d) a difusão do tear mecânico e a migração espontânea do campo para os centros urbanos, gerando excedente de oferta de mão de obra especializada.

Incorreta. A migração do campo para os centros urbanos não foi espontânea, foi uma consequência do cercamento dos campos

e) o fornecimento a baixos preços de lã e algodão pelas Treze Colônias e a garantia do mercado consumidor mediante o estabelecimento de pactos coloniais com a Índia e a Austrália.

Incorreta. As Treze Colônias tornaram-se independentes em 1776 logo no início da Revolução Industrial



Questão 1817

(PUC-SP-2001)

A QUESTÃO É COMEÇAR

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.

No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar. Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais.

Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo.

Não me deixe falando sozinho.” Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

 

(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).

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Observe a seguinte afirmação feita pelo autor:

“Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.

Indique a alternativa que explicita essa função.

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Questão 1833

(Pucpr 2004)

"Aula de Português"

 

A linguagem na ponta da língua,

tão fácil de falar e de entender.

A linguagem na superfície estrelada das estrelas,

sabe lá o que ela quer dizer?

 

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo. In: "Poesia e Prosa". Rio: Nova Aguilar,1988.) 

 

 

Em relação às duas estrofes do poema "Aula de Português", de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa INCORRETA: 

 

 

 

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Questão 1838

(Puccamp 2016) Comenta-se corretamente sobre o que se tem no trecho.

 

A questão a seguir refere-se ao trecho do capítulo 2 da obra Ginástica doce e yoga para crianças: método La Douce.

 

CAPÍTULO 2 (O CORPO)

Conhecer bem o corpo para fazê-lo trabalhar melhor

Cinco extremidades: a cabeça, as mãos, os pés

Para comunicar-se com tudo que a cerca, a criança usa a cabeça, as duas mãos e os dois pés. A cabeça permite-lhe ter acesso a todas as informações disponíveis. Sede do cérebro, ela fornece os recursos necessários para bem compreender seu ambiente. É igualmente através desta parte do corpo que penetram duas fontes de energia: o ar e o alimento. A cabeça se articula através do pescoço. Corredor estreito entre o cérebro e a parte inferior do corpo, o pescoço deve ser flexível para facilitar a qualidade das trocas. As mãos e os pés são verdadeiras antenas. Sua riqueza em terminações nervosas e vasos sanguíneos, assim como a possibilidade das inúmeras articulações, fazem deles instrumentos de extraordinária precisão.

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Questão 1868

(Puccamp 2016)

Editorial

Na rotina de mãe de quatro filhos, a escritora israelense Ayelet Waldman começou a detectar em si mesma e em outras mães que conhecia uma ansiedade persistente, disparada pela frustração de não corresponder às próprias expectativas em relação à maternidade. Para piorar seu tormento, 1aonde quer que fosse, encontrava mulheres sempre prontas a apontar o dedo para seus defeitos, numa espécie de polícia materna, onipresente e onisciente. Em uma conversa deliciosa com a Revista em Dia, Ayelet discorre sobre as agruras das mães ruins, categoria na qual hoje se encaixa, e com orgulho. 2E ajuda a dissipar, com humor, o minhocário que não raro habita a cabeça das mães. Minhocário que, aliás, se não for bem administrado, pode levar a problemas muito mais sérios. 3É o que você verá na reportagem da página 14, que traz o foco para a depressão durante a gravidez. Poucos sabem, mas a doença pode ser deflagrada nessa fase e é bom que tanto as gestantes como outras pessoas ao redor fiquem atentas para que as mulheres nessa situação possam receber o apoio necessário. A revista também traz temas para quem a maternidade já é assunto menos relevante 4nesse momento da vida. Se você é daquelas que entraram ou consideram entrar na onda da corrida, terá boas dicas na página 18. 5Caso já esteja reduzindo o ritmo, quem sabe encontre inspiração para espantar a monotonia na crônica da página 8. Esperamos, com um grãozinho aqui, outro ali, poder contribuir um pouco para as várias facetas que compõem uma mulher saudável e de bem consigo mesma.

Comenta-se com correção:

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