(UECE - 2018)
Muere «Jeremy», el raro caracol zurdo, después de encontrar el amor y ser padre.
[1] Los científicos han anunciado la
muerte de «Jeremy», el famoso caracol
zurdo británico. «Jeremy» se hizo muy
popular por su rara biología que le hacía
[5] distinguirse entre un millón, una condición
que le impedía encontrar pareja.
Afortunadamente, antes de morir el caracol
pudo aparearse con otro igual que él, el
mallorquín «Tomeu», y tener descendencia:
[10] 56 caracolitos, de los que se cree que es
padre de un tercio.
«Jeremy» se hizo muy popular por
una mal formación genética que hacía que
sus órganos estuvieran en el lado opuesto a
[15] lo habitual. Esto provocaba, por ejemplo,
que su concha girara hacia la izquierda, en
vez de hacia la derecha. Como todo estaba
en el sitio equivocado, el pobre animal no
encajaba, literalmente, con ninguna pareja.
[20] Pero investigadores de la británica
Universidad de Nottingham querían que el
caracol criara para averiguar si su genética
podía arrojar luz sobre la asimetría corporal
en otros animales, incluidos los seres
[25] humanos, así que le buscaron dos novios
también «zurdos»: «Lefty», proporcionado
por un entusiasta de los caracoles de
Ipswich, y «Tomeu», de una granja de
Mallorca.
[30] Lo que podía haber sido una
romántica historia se convirtió en un drama
cuando «Lefty» y «Tomeu» decidieron liarse
a espaldas del traicionado «Jeremy». La
pareja produjo varias puestas de huevos y
[35] en seis meses ya habían nacido 170
criaturas diestras. Los caracoles son
hermafroditas, por lo que pueden cumplir
indistintamente el papel de madre o padre.
Pero el amor es caprichoso y al fin
[40] «Tomeu» se fijó en «Jeremy» y surgió la
atracción entre ambos. La pareja tuvo 56
hijos que tampoco heredaron la rareza de
sus padres, ya que también son diestros.
Por desgracia, «Jeremy» apenas pudo
[45] conocerlos, ya que murió poco después de
que nacieran. Su muerte también reduce
las esperanzas de que se pueda producir
una descendencia «zurda».
Como explicaron los investigadores en
[50] las primeras puestas, «el hecho de que los
'bebés' desarrollen conchas hacia la
derecha puede ser debido a que la madre
llevara las versiones dominantes y
recesivas de los genes que determinan la
[55] dirección del giro de la concha. La simetría
del cuerpo en los caracoles se hereda de
una manera similar al color de la cáscara de
las aves. Solo los genes de la madre
determinan la dirección del giro de la
[60] concha, o el color de un huevo de ave. Es
mucho más probable que encontremos
bebés zurdos en la próxima generación, o
incluso en la generación posterior».
Los científicos creen que un gen
[65] determina si la concha del caracol se
retuerce en el sentido de las agujas del
reloj o al revés. El mismo gen también
afecta a la asimetría corporal en otros
animales - incluyendo a los humanos - y la
[70] investigación podría ayudar a entender
cómo los órganos se colocan en el cuerpo y
por qué este proceso a veces puede salir
mal cuando todos o algunos de los
principales órganos internos se invierten de
[75] su colocación normal.
Periódico ABC España 21/10/2017
El término “cómo” (línea 71) está empleado en tono
admirativo.
peyorativo.
interrogativo.
aumentativo.
Gabarito:
interrogativo.
(UECE - 2014)
Os dois superlativos (ref. 2 e 3) emprestam ao poema um tom de
O portão fica bocejando, aberto
para os alunos retardatários.
Não há pressa em viver
nem nas ladeiras duras de subir,
1quanto mais para estudar a insípida cartilha.
Mas se o pai do menino é da oposição,
à 2ilustríssima autoridade municipal,
prima por sua vez da 3sacratíssima
autoridade nacional,
4ah, isso não: o vagabundo
ficará mofando lá fora
e leva no boletim uma galáxia de zeros.
A gente aprende muito no portão fechado.
ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Poesia e Prosa. Editora Nova Aguilar:1988. p. 506-507.
Ver questão
(Uece 2014) Atente para as seguintes afirmações sobre alguns dos elementos do texto.
O texto a seguir é um excerto retirado do primeiro parágrafo do artigo de opinião “Com um braço só”, escrito por J. R. Guzzo, que trata da corrupção na política. 1Um dos aspectos menos atraentes da personalidade humana é a tendência de muitas pessoas de só condenar os vícios que não praticam, ou pelos quais não se sentem atraídas. Um caloteiro que não fuma, não bebe e não joga, por exemplo, é frequentemente a voz que mais grita contra o cigarro, a bebida e os cassinos, mas fecha a boca, os ouvidos e os olhos, como 6os três prudentes macaquinhos orientais, quando o assunto é honestidade no pagamento de dívidas pessoais. É a velha história: 2o mal está 4sempre na alma dos outros. Pode até ser verdade, 5infelizmente, quando se trata da política brasileira, em que continua valendo, mais do que nunca, a máxima popular do 3“pega um, pega geral”.
Extraído do artigo ”Com um braço só”, de J.R. Guzzo. VEJA. 21/08/2013.
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico (ref. 4): “sempre”; e um advérbio extrafrásico (ref. 5): “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (ref. 6), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
Ver questão
(UECE - 2008)
Assinale a alternativa em que todas as expressões destacadas têm valor de adjetivo.
A MEMÓRIA E O CAOS DIGITAL
Fernanda Colavitti
2A era digital trouxe inovações e facilidades para o homem que superou de longe o que 16a ficção previa até pouco tempo atrás. 1Se antes precisávamos correr em busca de informações de nosso interesse, hoje, úteis ou não, elas é que nos assediam: resultados de loterias, dicas de cursos, variações da moeda, ofertas de compras, notícias de atentados, ganhadores de gincanas, etc. 11Por outro lado, 6enquanto cresce a capacidade dos discos rígidos e a velocidade das informações, o desempenho da memória humana está ficando cada vez mais comprometido. Cientistas são unânimes ao associar 3a rapidez das informações geradas pelo mundo digital com a restrição de nosso "disco rígido" natural. 10Eles ressaltam, porém, que 7o problema não está propriamente 4nas novas tecnologias, mas 5no uso exagerado delas, o que faz com que deixemos de lado atividades mais estimulantes, como a leitura, que envolvem diversas funções do cérebro. Os mais prejudicados por esse processo têm sido crianças e adolescentes, cujo desenvolvimento neuronal acaba sendo moldado preguiçosamente. Responda sem pensar: qual era a manchete do jornal de ontem? Você lembra o nome da novela que 12antecedeu o Clone? E quem era o técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994? Não ter uma resposta imediata para essas perguntas não deve ser causa de preocupação para ninguém, mas exemplifica bem o problema constatado pela fonoaudióloga paulista Ana Maria Maaz Alvarez, que há mais de 20 anos estuda a relação entre audição e recordação. A pedido de duas empresas, 8ela realizou uma pesquisa para saber o que estava ocorrendo com os funcionários que reclamavam com frequência de lapsos de memória. Foram entrevistados 71 homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. 9A maioria dos esquecimentos era de natureza auditiva, como nomes que acabavam de ser ouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso, responda sem olhar no parágrafo anterior: você lembra o nome da pesquisadora citada?) Ana Maria 13descobriu que os lapsos de memória resultavam basicamente do excesso de informação em consequência do tipo de trabalho que essas pessoas exerciam nas empresas, e do pouco tempo que 14dispunham para processá-las, somados à angústia de querer saber mais e ao excesso de atribuições. "Elas não se detinham no que estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e, consequentemente, não 15conseguiam gravar os dados na memória", afirma.
(Fonte Internet: Superinteressante, 2001).
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal.
Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete. E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio. Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha. Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
Marque a alternativa na qual o sufixo eiro/eira está empregado com o mesmo sentido que em “pedreira” (linha 01).
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