Questão 35435

(UEL 2018 - 2a fase)

Leia os textos e a charge a seguir.

Prefeitura oferece tratamento a menor tatuado na testa

A prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) afirmou, nesta segunda-feira, que irá disponibilizar todo o procedimento médico e cirúrgico ao menor que teve a frase “eu sou ladrão” tatuada na testa. Segundo a prefeitura, uma parceria com a Faculdade de Medicina do ABC irá possibilitar o tratamento físico e psicológico do menor, além de prestar assistência social para o rapaz, de 17 anos. O tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, de 27 anos, e Ronildo Moreira de Araújo, de 29, que filmou o ato, foram presos na última sexta-feira por crime de tortura. Os dois alegaram que queriam “punir” o garoto, que teria tentado furtar a bicicleta de um deficiente físico.


(Disponível em: <odia.ig.com.br/brasil/2017-06-12/prefeitura-oferece-tratamento-de-menor-tatuado-na-testa.html>. Acesso em: 15 jun. 2017).

Justiça com as próprias mãos


Enquanto em São Bernardo, tatuaram a palavra “ladrão” na testa de um adolescente, em Ribeirão, um pai foi amarrado e surrado

O caso do adolescente de 17 anos que teve a frase “eu sou ladrão e vacilão” tatuada na testa traz à tona a discussão sobre a prática perigosa da justiça com as próprias mãos. Em Ribeirão, o caso mais recente desse tipo equivocado de justiça ocorreu anteontem à noite, no bairro Cândido Portinari (zona Leste), quando um homem foi amarrado em um ponto de ônibus e espancado, por suspeita de agredir, a chutes, o filho de 10 anos. Para especialistas, essa prática ocorre por conta do descrédito na Justiça. Nas ruas, metade dos entrevistados pelo A Cidade se diz favorável à violência contra supostos criminosos. “A justiça com as próprias mãos era feita na Idade Média, em que a lei era o ‘olho por olho e dente por dente’. Na Idade Moderna recorre-se ao Judiciário e lá é processada a vingança institucionalizada”, diz Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência da USP de Ribeirão Preto. O coordenador da Comissão da Infância e Juventude da OAB, Paulo Lepori, reforça que nos últimos anos houve um aumento desses casos.


(Disponível em: <https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/NOT,2,2,1253260,Justica+com+as+proprias+maos.aspc>. Acesso em: 15 jun. 2017).
 

Suspeito de furto é espancado até a morte


Um homem suspeito de furto foi amarrado a um poste de iluminação e espancado até a morte, na madrugada do domingo, 11 de junho, na região central de Cunha, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, a vítima tinha passagens por crimes contra o patrimônio. O homem foi encontrado de manhã, atado ao poste na praça do Rosário, na região central da cidade. Ele foi socorrido por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu. Com base em imagens de câmeras de monitoramento, a Polícia Civil chegou a um dos autores do crime. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Barbosa, um adolescente de 17 anos confessou ter ajudado outro suspeito do assassinato a dominar e espancar a vítima. “A versão do menor é de que Mateus é viciado em drogas e teria furtado entorpecente do outro suspeito, que é maior de idade. Os dois teriam decidido dar uma lição a ele”.


(Adaptado de: TOMAZELA, José Maria. Suspeito de furto é espancado até a morte. Folha de Londrina, 13 de junho de 2017, p. 7).

 

 

 

A partir da leitura dos textos e com base nos conhecimentos sobre o tema, redija um texto dissertativo-argumentativo, de 12 a 16 linhas, apontando as motivações que levam as pessoas a fazerem justiça com as próprias mãos.

Gabarito:

Resolução:



Questão 1841

(Uel 2010) Observe a frase: “Os deputados decidiram errar onde não poderiam” e assinale a alternativa que corresponde ao uso correto do termo “onde”.

 

O labirinto da internet

 

Um paradoxo da cultura contemporânea é a incapacidade da maioria dos políticos de entender a comunicação política. Essa disfunção provoca, muitas vezes, resultados trágicos. É o caso da lei votada pela Câmara dos Deputados para regular o uso da internet nas eleições. Se aprovada sem mudanças pelo Senado, vai provocar um forte retrocesso numa área em que o Brasil, quase milagrosamente, se destaca no mundo – sua legislação de comunicação eleitoral. Sim, a despeito da má vontade de alguns e, a partir daí, de certos equívocos interpretativos, o Brasil tem uma das mais modernas legislações de comunicação eleitoral do mundo. O nosso modelo de propaganda gratuita, via renúncia fiscal, é tão conceitualmente poderoso que se sobressai a alguns anacronismos da lei, como o excesso de propaganda partidária em anos não eleitorais ou a ridícula proibição de imagens externas em comerciais de TV. Os deputados decidiram errar onde não poderiam. Mas era um erro previsível. A internet é o meio mais perturbador que já surgiu na comunicação. Para nós da área, ela abre fronteiras tão imprevisíveis e desconcertantes como foram a Teoria da Relatividade para a física, a descoberta do código genético para a biologia, o inconsciente para a psicologia ou a atonalidade para a música. Na comunicação política, a internet é rota ainda difícil de navegar. [...] Desde sua origem nas cavernas, o modo de expressão política tem dado pulos evolutivos sempre que surge um novo meio. [...] Foram enormes os pulos causados pela imprensa, pelo rádio, pelo cinema e pela TV na forma e no modo de fazer política. Mas nada perto dos efeitos que trará a internet. Não só por ser uma multimídia de altíssima concentração, mas também porque sua capilaridade e interatividade planetária farão dela não apenas uma transformadora das técnicas de indução do voto, mas o primeiro meio na história a mudar a maneira de votar. Ou seja, vai transformar o formato e a cara da democracia. No futuro, o eleitor não vai ser apenas persuadido, por meio da internet, a votar naquele ou naquela candidata. Ele simplesmente vai votar pela internet de forma contínua e constante.

(Adaptado de: SANTANA, João. O labirinto da internet. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2007200909.htm>. Acesso em: 20 jul. 2009).

 

 

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Questão 1842

(Uel 2010) Considerando as frases a seguir:

I. “Minha nova bolsa da Luiz Vitão”.

II. “Pelo tamanho, deve caber todos os seus sonhos”.

 

 

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Questão 1854

(UEL - 2010) 

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar? ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização, maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil. Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão. Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas, mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>. Acesso em: 26 jul. 2009)

Considere o trecho:

“Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

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Questão 1859

(Uel 1997) PERTO DE mil pessoas estiveram PRESENTES ao festival DE INVERNO. As expressões em destaque na frase anterior são, respectivamente,

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