(UFU - 2018 - 1a FASE)
Desde o final do século passado, os cientistas sociais vêm afirmando que as transformações globais têm levado a uma nova forma de sociedade, definida por sociedade em rede.
De acordo com as análises desse período, afirma-se que foram marcos importantes na emergência desse novo modelo de sociedade
a rede mundial de computadores e os novos movimentos sociais.
os fluxos globais de mão de obra e o capital industrial.
a revolução tecnológica da informação e a reestruturação do capitalismo.
o ciberespaço, as guerras e a fome que aceleraram os fluxos migratórios.
Gabarito:
a revolução tecnológica da informação e a reestruturação do capitalismo.
c) Correta. a revolução tecnológica da informação e a reestruturação do capitalismo.
A revolução tecnológica da informação e a reestruturação do capitalismo são marcos relevantes na emergência de uma sociedade em rede, já que possibilitaram o desenvolvimento das telecomunicações, dos transportes, das forças produtivas em geral, intensificando a globalização. Os efeitos deste fenômeno podem ser observados em diversas dimensões: as mudanças nos métodos de produção, como no just in time e no toyotismo, orientados pelos preceitos da flexibilidade, a nova maneira de organização dos movimentos sociais, os novos espaços de sociabilidade (ciberespaço), a aceleração dos fluxos migratórios, o aprofundamento da desigualdade social e a concentração de renda, entre outras características.
a) Incorreta. a rede mundial de computadores e os novos movimentos sociais.
A rede mundial de computadores é um efeito da revolução tecnológica da informação e os novos movimentos sociais, ao mesmo tempo que sofrem os efeitos desses fenômenos, situam-se não como algo novo, mas num processo de desenvolvimento do que já ocorria antes.
b) Incorreta. os fluxos globais de mão de obra e o capital industrial.
Os fluxos globais de mão de obra não são marcos importantes desse novo modelo de sociedade, pois não ocorrem de maneira significativa. O capital industrial é um efeito desse novo modelo de sociedade, mas não um marco importante.
d) Incorreta. o ciberespaço, as guerras e a fome que aceleraram os fluxos migratórios.
O ciberespaço é um efeito dessa nova sociedade, porém as guerras e a fome que aceleraram os fluxos migratórios não são algo específico desse novo modelo.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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