(UFU - 2018 - 1a FASE)
Observe a imagem.
Pintura medieval de 1411.<http://brasilescola.uol.com.br/oque-e/historia/o-que-foi-a-peste-negra.htm>
Essa pintura retrata um dos fatores que contribuíram para a derrocada do sistema feudal na Europa Medieval.
Sobre o contexto abordado, é correto afirmar que a rápida disseminação da peste negra decorreu em grande parte em função
da circulação de mercadorias na Europa totalmente urbanizada.
do reforço do sistema servil, que debilitou ainda mais os camponeses.
da crença na ira divina, que dificultava a cura pela medicina.
do baixo nível nutricional e das precárias condições sanitárias dos indivíduos.
Gabarito:
do baixo nível nutricional e das precárias condições sanitárias dos indivíduos.
a) da circulação de mercadorias na Europa totalmente urbanizada.
Incorreta. Na época, a Europa ocidental tinha desenvolvido vilas e cidades medievais. Ou seja, não havia uma urbanização tão latente como mensurada na alternativa.
b) do reforço do sistema servil, que debilitou ainda mais os camponeses.
Incorreta. No auge da epidemia de peste bubônica, nota-se justamente um enfraquecimento do sistema servil.
c) da crença na ira divina, que dificultava a cura pela medicina.
Incorreta. De fato a medicina ocidental da época era muito rudimentar ao ser comparada com outras já desenvolvidas - até mesmo nas da época. No entanto, haviam técnicas de tratamento e de contenção da doença, como a implementação da quarentena, de odores e máscaras que evitem a proliferação, entre outras.
d) do baixo nível nutricional e das precárias condições sanitárias dos indivíduos.
Correta. A propagação da doença, inicialmente, deu-se por meio de ratos e, principalmente, pulgas infectadas, transmitido às pessoas quando essas eram picadas pelas pulgas – em cujo sistema digestivo a bactéria da peste multiplicava-se, e posteriormente a doença começou a se propagar por via aérea. Contribuíam com a propagação da doença as precárias condições de higiene e habitação que as cidades e vilas medievais possuíam, o que oferecia condições para as infestações de ratazanas e pulgas.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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