(FGV - 2019)
“...que vêm transformando as comunicações em todo o mundo”.
Nessa frase do texto 1, empregou-se corretamente o artigo definido após o pronome indefinido todo; a frase abaixo em que esse emprego também está correto é:
Todo o jornal do planeta cobre acontecimentos mundiais;
As notícias aparecem em todas as páginas dos jornais;
Todo o repórter deve trabalhar muito diariamente;
Toda a notícia deve ser checada antes de publicação;
Todo o texto publicitário deve elogiar produtos.
Gabarito:
As notícias aparecem em todas as páginas dos jornais;
O artigo definido tem a função principal de delimitar e indicar um termo que já tem a identidade conhecida pelo leitor, então ele está especificando algo, ao passo que as frases sem o uso de artigos ficam com um sentido mais generalizante, que corrobora o sentido do termo "todo".
a) INCORRETA, pois aqui estamos nos referindo a todos os jornais, não a um jornal específico, por isso não cabe o uso do artigo definido. A frase correta é: Todo jornal do planeta cobre acontecimentos mundiais.
b) CORRETA, já que aqui o emprego do artigo definido está adequado, considerando que se está referindo especificamente às páginas dos jornais.
c) INCORRETA, dado que aqui temos um sentido generalizante ao empregar o termo "repórter", não está sendo dito nada sobre um reporter específico, mas sim algo relacionado a todos os repórteres. A frase correta é: Todo repórter deve trabalhar muito diariamente.
d) INCORRETA, pois aqui não temos um sentido específico, não há a indicação específica de qual notícia se está dando, somente há uma generalização sobre as notícias. A frase correta é: Toda notícia deve ser checada antes de publicação.
e) INCORRETA, pelo mesmo motivo da letra D, não temos a indicação de um texto publicitário específico, mas sim uma generalização quanto aos textos publicitários. A frase correta é: Todo texto publicitário deve elogiar produtos.
(FGV - 2005)
Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".
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(FGV - 2008)
No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:
Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.
Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.
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(FGV - 2008)
Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.
ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?
O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.
O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)
A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.
Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".
Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.
A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.
O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.
(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)
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