Questão 68163

(FGV - 2020) Por volta do final do século XVI, teve início uma transformação profunda no gênero de vida das classes privilegiadas. Os castelos deixaram de ser fortalezas e se tornaram residências de lazer no campo.

Seus fossos foram cobertos e suas torres transformaram-se em ornamentos. As famílias ricas tinham, além disso, solares na cidade, onde passavam uma parte do ano.

Os divertimentos tornaram-se menos guerreiros, o torneio foi substituído pelo carrossel, exercício de habilidades a cavalo, vindo da Itália. O jogo de combate transformou-se na esgrima com espada, de origem italiana, modificada na França.

(Charles Seignobos. Histoire sincère de la nation française, 1982. Adaptado.)

As transformações assinaladas pelo texto sugerem

A

a extinção das famílias nobres medievais com a ascensão social da burguesia de comerciantes e industriais.

B

a pacificação das disputas entre Estados como resultado da evolução cultural da sociedade europeia.

C

a passagem do poder político descentralizado para a centralização política do absolutismo monárquico.

D

a dissolução da hierarquização social com base no nascimento face ao advento da sociedade de classes.

E

a democratização do uso das terras produtivas com a abolição da exploração da mão de obra servil.

Gabarito:

a passagem do poder político descentralizado para a centralização política do absolutismo monárquico.



Resolução:

a) a extinção das famílias nobres medievais com a ascensão social da burguesia de comerciantes e industriais.

Incorreta.  A nobreza moderna deriva da nobreza medieval em dinastias, posses territoriais, etc. 

 

b) a pacificação das disputas entre Estados como resultado da evolução cultural da sociedade europeia.

Incorreta.  Notadamente, conflitos dinásticos ainda foram presentes no contexto mensurado. Não houve uma "evolução cultural", mas sim uma transformação socio-política. 

 

c) a passagem do poder político descentralizado para a centralização política do absolutismo monárquico.

Correta. Nota-se que na Europa Ocidental do século XVI, como o autor mensura no excerto em questão, mudanças nos hábitos e modo de vida da nobreza senhorial promoveram mudanças em seu aspecto militarizado e guerreiro para substituí-lo por padrões de vida e de comportamento mais ligados ao luxo, ao conforto e ao bem-estar, sendo este um reflexo para o declínio da ordem feudal e para a passagem do poder político descentralizado para a centralização política do absolutismo monárquico.

 

d) a dissolução da hierarquização social com base no nascimento face ao advento da sociedade de classes.

Incorreta.  Apesar da transformação na hierarquia social com o fenômeno mensurado, esta, não foi abolida, apenas reformulada.

 

e) a democratização do uso das terras produtivas com a abolição da exploração da mão de obra servil.

Incorreta.  Não houve, na época mensurada pelo texto de apoio, abolição da mão de obra servil.



Questão 1849

(FGV - 2005)

Assinale a alternativa correta a respeito da frase "Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a camisa de trás para a frente e saiu".

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Questão 1850

(FGV)

Assinale a alternativa gramaticalmente correta.

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Questão 1855

(FGV - 2008)

No plural, a frase - Imposto direto sobre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. - assume a seguinte forma:

Com a sociedade de consumo nasce a figura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contribuinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impostos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira necessidade, encarecendo-os. Imposto direto sobre o contra-cheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhadora. Quem pode se dar ao luxo de consumir supérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

Fernando Haddad, Trabalho e classes sociais. Em: Tempo Social, outubro de 1997.

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Questão 1863

(FGV - 2008)

Assinale a alternativa em que a mudança da posição do adjetivo no texto altera o sentido da frase.

ESTAMOS CRESCENDO DEMAIS?

O nosso "complexo de vira-lata" tem múltiplas facetas. Uma delas é o medo de crescer. Sempre que a economia brasileira mostra um pouco mais de vigor, ergue-se, sinistro, um coro de vozes falando em "excesso de demanda" "retorno da inflação" e pedindo medidas de contenção.

O IBGE divulgou as Contas Nacionais do segundo trimestre de 2007. Não há dúvidas de que a economia está pegando ritmo. O crescimento foi significativo, embora tenha ficado um pouco abaixo do esperado. O PIB cresceu 5,4% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A expansão do primeiro semestre foi de 4,9% em comparação com igual período de 2006.(...)

A turma da bufunfa não pode se queixar. Entre os subsetores do setor serviços, o segmento que está "bombando" é o de intermediação financeira e seguros - crescimento de 9,6%. O Brasil continua sendo o paraíso dos bancos e das instituições financeiras.

Não obstante, os porta-vozes da bufunfa financeira, pelo menos alguns deles, parecem razoavelmente inquietos. Há razões para esse medo? É muito duvidoso. Ressalva trivial: é claro que o governo e o Banco Central nunca podem descuidar da inflação. Se eu fosse cunhar uma frase digna de um porta-voz da bufunfa, eu diria (parafraseando uma outra máxima trivializada pela repetição): "O preço da estabilidade é a eterna vigilância".

Entretanto, a estabilidade não deve se converter em estagnação. Ou seja, o que queremos é a estabilidade da moeda nacional, mas não a estabilidade dos níveis de produção e de emprego.

A aceleração do crescimento não parece trazer grande risco para o controle da inflação. Ela não tem nada de excepcional.

O Brasil está se recuperando de um longo período de crescimento econômico quase sempre medíocre, inferior à média mundial e bastante inferior ao de quase todos os principais emergentes. O Brasil apenas começou a tomar um certo impulso. Não vamos abortá-lo por medo da inflação.

(Folha de S.Paulo, 13.09.2007. Adaptado)

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