(UFPR - 2020 - 1ª fase)
O texto a seguir é referência para as questões 05 a 09.
1 | Nos atuais debates sobre a globalização, como nas discussões sobre a pós-modernidade, existe uma pressuposição-chave |
2 | compartilhada pela maioria dos participantes: a do caráter único da nossa época como a era par excellence da aceleração da |
3 | mudança cultural e social, da “compressão do tempo-espaço” seguindo uma revolução nas comunicações, de uma economia global |
4 | dominada por corporações multinacionais, da americanização ou até da “McDonaldização” do mundo e assim por diante. Em alguns |
5 | aspectos, nossa época é realmente única, mas assim o foram outras gerações e outros séculos. Estamos longe de ser as primeiras |
6 | pessoas a ficarem preocupadas ou excitadas pela ideia de que nossas experiências são muito diferentes daquelas das gerações |
7 | passadas. De fato, se definirmos globalização como um processo de contatos cada vez mais intensos – sejam econômicos, políticos |
8 | ou culturais – entre diferentes partes do mundo, então é necessário admitir que esse processo vem se desenvolvendo há milhares |
9 | de anos – com interrupções relativamente menores em alguns lugares, como no Império Romano em declínio. Que esse processo |
10 | de interação entre diferentes partes do globo aumentou sensivelmente em importância no século XIX, especialmente no fim do |
11 | período, é o tema de dois recentes estudos históricos, de um escritor italiano e de outro, inglês. O primeiro apresenta dois tipos de |
12 | globalização: a econômica, relacionada ao surgimento de um mercado mundial e suas consequências para a vida de milhões de |
13 | pessoas; e a ascensão da cooperação internacional. Já o escritor inglês se refere à importância do que chama de “globalização |
14 | arcaica”, ou seja, a crescente uniformidade nos sistemas econômicos, sociais, políticos e culturais dominantes em diferentes partes |
15 | do globo num longo século XIX que vai de 1780 a 1914. Perto do fim do estudo, o inglês enfatiza a importância especial do fim do |
16 | século XIX, ou mais exatamente do período 1890-1914, a época do que chama a “grande aceleração” da mudança. |
(Peter Burke. Quando foi a globalização? In: O historiador como colunista: ensaios da Folha. RJ: Civilização Brasileira, 2009. Adaptado.)
O período “Em alguns aspectos, nossa época é realmente única, mas assim o foram outras gerações e outros séculos” (linhas 4-5) pode ser interpretado, sem prejuízo de sentido, como:
Nossa época é indubitavelmente única em certos aspectos, embora outras épocas e gerações também apresentem essa mesma característica.
Apenas em alguns aspectos nossa época pode ser considerada única, no entanto não é o caso de outras épocas consideradas únicas como um todo.
Por ser considerada única em alguns aspectos, é por eles que nossa época assemelha-se à de outros séculos e de outras gerações.
Apesar de outros séculos e outras gerações considerarem sua época como única, segundo o historiador, apenas a nossa o é.
Outras épocas foram consideradas únicas por suas gerações, ao contrário da nossa, que é única apenas em alguns aspectos.
Gabarito:
Nossa época é indubitavelmente única em certos aspectos, embora outras épocas e gerações também apresentem essa mesma característica.
(UFPR)
Em 'Ele morreu de fome', a expressão sublinhada classifica-se como:
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(Ufpr 2008)
O autor apresenta como característica fundamental da televisão a seriação. Segundo ele, essa característica
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(Ufpr 2008)
Tendo em vista o texto, considere as afirmações a seguir:
1. A indecisão entre a ética particularista (da casa, amigos, família) e a ética universalista (da rua, do mundo público) é algo que nasce na esfera política e a ela se restringe.
2. O tratamento da corrupção no Brasil é marcado pela duplicidade ética que leva a condenar os estranhos, mas relevar os delitos das pessoas próximas.
3. O combate à corrupção do governo Lula mostrou que ela está vinculada a determinadas ideologias e partidos políticos.
4. A resistência de parlamentares a julgar o presidente do Congresso Nacional faz prevalecer a ética da casa em detrimento da ética da rua.
Assinale a alternativa correta
(UFPR - 2016 - 1ª FASE)
“E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro, assinale a alternativa correta.
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