(UFU - 2020 - 1ª FASE) Além do Egito faraônico, outras civilizações desenvolveram-se no continente africano, e constituíram-se algumas delas já no início da era cristã, como grandes centros comerciais e culturais. Dentre os mais importantes impérios e reinos africanos pré-coloniais, destaca-se:
I. O império Cuxe, que se desenvolveu inicialmente na região que ficou conhecida como Núbia. A partir de cerca de 730 a.C., esse império acabou por controlar praticamente todo o território do Egito. Os imperadores cuxitas passaram a residir no Egito, ficando conhecidos como “faraós negros”.
II. O reino de Axum, que se desenvolveu no leste da África. Sua economia baseava-se na agropecuária bem como na atividade comercial, devido à sua proximidade com o Mar Vermelho. Seu poder foi aumentado graças às suas diversas alianças comerciais, inclusive com o Império Romano, e se expandiu até a região sul da Península Arábica.
III. A Civilização Harappiana, que, dentre suas principais atividades econômicas estavam a produção e o comércio de produtos artesanais feitos de cerâmica, de marfim e de tecidos de algodão. Redes de trocas comerciais foram estabelecidas desde o Golfo Pérsico até a Ásia central e a Mesopotâmia.
IV. O Império Benin, que se tornou-se um grande reino por volta do século XV devido, sobretudo, ao comércio com reinos do norte da África. Possuía um gosto incomum pelo uso do cobre, presente em suas principais manifestações artísticas. O império chegou ao fim com a divisão do seu território pelos britânicos.
Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).
Apenas II e III.
Apenas I, II e IV.
Apenas I e III.
Apenas IV.
Gabarito:
Apenas I, II e IV.
I. O império Cuxe, que se desenvolveu inicialmente na região que ficou conhecida como Núbia. A partir de cerca de 730 a.C., esse império acabou por controlar praticamente todo o território do Egito. Os imperadores cuxitas passaram a residir no Egito, ficando conhecidos como “faraós negros”.
Correto.
II. O reino de Axum, que se desenvolveu no leste da África. Sua economia baseava-se na agropecuária bem como na atividade comercial, devido à sua proximidade com o Mar Vermelho. Seu poder foi aumentado graças às suas diversas alianças comerciais, inclusive com o Império Romano, e se expandiu até a região sul da Península Arábica.
Correto.
III. A Civilização Harappiana, que, dentre suas principais atividades econômicas estavam a produção e o comércio de produtos artesanais feitos de cerâmica, de marfim e de tecidos de algodão. Redes de trocas comerciais foram estabelecidas desde o Golfo Pérsico até a Ásia central e a Mesopotâmia.
Incorreto. Embora a Civilização do Vale do Indo (também conhecida como Civilização Harappiana) tenha sido uma cultura antiga no subcontinente indiano, não existem evidências claras de que ela tenha estabelecido redes de trocas comerciais até a Ásia Central e a Mesopotâmia. As evidências arqueológicas sugerem que eles tinham um sistema econômico baseado na agricultura, comércio local e produção artesanal. Embora tenham sido encontrados artefatos de cerâmica, marfim e tecidos de algodão nas escavações, não há informações conclusivas sobre o alcance de suas atividades comerciais.
IV. O Império Benin, que se tornou-se um grande reino por volta do século XV devido, sobretudo, ao comércio com reinos do norte da África. Possuía um gosto incomum pelo uso do cobre, presente em suas principais manifestações artísticas. O império chegou ao fim com a divisão do seu território pelos britânicos.
Correto.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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