(UFU - 2020 - 1ª FASE) La proximidad entre la reseña que publiqué hace apenas tres semanas sobre la película de Juan José Campanella, y la lectura de la novela El secreto de sus ojos (este es el título del libro en la edición española de Alfaguara; la novela publicada en Argentina se titulaba, originalmente, La pregunta de sus ojos) constituye una buena oportunidad para una breve reflexión sobre una de las constantes o reglas no escritas de la relación entre cine y literatura, la que afirma que de una gran novela no suele obtenerse una gran película, pero sí, y a menudo, de libros no especialmente memorables. Con todos los respetos que a buen seguro merece la obra del novelista argentino (debo advertir que de ella sólo conozco el libro que acabo de citar, por lo que mis opiniones tienen una validez muy discutible), creo que ése es justamente el caso de la novela de Eduardo Sacheri, cuyo valor literario me parece más bien escaso, pero cuya adaptación cinematográfica – y hay que recordar que el guión es obra conjunta del novelista y del director del largometraje, Juan José Campanella - tiene un mérito indiscutible. Reconozco que en esta valoración puede haber influido el hecho de que hubiera visto la película antes de leer la novela, pues la configuración imaginativa que todo receptor se construye para sí mismo a partir de un texto de ficción – y en ello poco importa que sea literario o cinematográfico - está especialmente determinada por la forma inicial en que dicho texto se presenta.
Disponível em: http://www.labitacoradeltigre.com/2009/10/27/la-pregunta-de-sus-ojos-vs-el-secreto-de-sus-ojos/> Acesso em: 04 fev. 2020
De acordo com o texto, é correto afirmar que o autor
crê que La pregunta de sus ojos é o livro de Sacheri com menor valor literário.
prefere o filme ao romance devido à direção de Juan José Campanella.
mantém a ideia de que os bons livros não costumam dar bons filmes.
escreveu uma resenha do livro antes de ver sua adaptação fílmica.
Gabarito:
prefere o filme ao romance devido à direção de Juan José Campanella.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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