(UNICAMP - 2020 - 1ª fase)
To me, science is one way of connecting with the mystery of existence. And if you think of it that way, the mystery of existence is something that we have wondered about ever since people began asking questions about who we are and where we come from. So while those questions are now part of scientific research, they are much, much older than science. I’m talking about science as part of a much grander and older sort of questioning about who we are in the big picture of the universe. To me, as a theoretical physicist and also someone who spends time out in the mountains, this sort of questioning offers a deeply spiritual connection with the world, through my mind and through my body. Einstein would have said the same thing, I think, with his cosmic religious feeling.
Marcelo Gleiser, March 20, 2019.
(Adaptado de https://www.scientificamerican.com/article/atheism-is-inconsistent-with-the-scien tific-method-prizewinning-physicist-says/?redirect=1. Acessado em 15/05/2019.)
Qual das frases abaixo mais se aproxima das palavras de Gleiser reproduzidas acima?
“O bom da ciência é que ela é verdadeira, quer se acredite nela ou não.” (Neil deGrasse Tyson)
“Ciência é a única religião da humanidade.” (Arthur Clarke)
“Ciência é a chave do nosso futuro.” (Bill Nye)
“Ciência não é apenas compatível com espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade.” (Carl Sagan)
Gabarito:
“Ciência não é apenas compatível com espiritualidade; é uma profunda fonte de espiritualidade.” (Carl Sagan)
RESOLUÇÃO KUADRO:
A frase mais compatível com o comentário do Gleiser é a letra D, pois fala sobre o mistério da existência. E este questionamento oferece um conexão espiritual profunda (assim como é falado no texto do enunciado).
RESOLUÇÃO UNICAMP:
A alternativa a traz uma afirmação sobre o que seria o caráter de verdade da ciência, quer se acredite nela ou não, mas Marcelo Gleiser não desenvolve essa ideia no texto transcrito.
A alternativa b considera a ciência uma “religião da humanidade”, o que também não corresponde ao pensamento expresso por Gleiser.
A alternativa c traz uma formulação em que a ciência é vista como a chave do futuro da humanidade, o que também não reflete o pensamento expresso no texto. Obviamente, não se pode dizer que as três alternativas tragam formulações errôneas; todas apresentam opiniões que, porém, não correspondem à expressa por Gleiser.
A alternativa correta, portanto, é a d, que formula a ideia da não incompatibilidade entre ciência e espiritualidade. Para Gleiser, a ciência é um dos modos − não o único −, de nos conectarmos com o mistério da existência e torna possível uma “conexão profundamente espiritual” com o mundo (“deeply spiritual connection with the world”). Assim, segundo o físico, a ciência não se opõe, pelo contrário, favorece a conexão espiritual com o mundo à nossa volta.
(Unicamp 2016)
Em sua versão benigna, a valorização da malandragem corresponde ao elogio da criatividade adaptativa e da predominância da especificidade das circunstâncias e das relações pessoais sobre a frieza reducionista e generalizante da lei. Em sua versão maximalista e maligna, porém, a valorização da malandragem equivale à negação dos princípios elementares de justiça, como a igualdade perante a lei, e ao descrédito das instituições democráticas.
(Adaptado de Luiz Eduardo Soares, Uma interpretação do Brasil para contextualizar a violência, em C. A. Messeder Pereira, Linguagens da violência. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, p. 23-46.)
Considerando as posições expressas no texto em relação à valorização da malandragem, é correto afirmar que:
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(UNICAMP - 2016 - 1ª fase)
É possível fazer educação de qualidade sem escola
É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.
Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”.
Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as erramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.
"Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, recisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os nstrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se entir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política e governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.
(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)
A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que:
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(Unicamp 2016)
Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar
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(Unicamp 2015)
Dados numéricos e recursos linguísticos colaboram para a construção dos sentidos de um texto.
Leia os títulos de notícias a seguir sobre as vendas do comércio no último Dia dos Pais.
Venda para o Dia dos Pais cresceu 2% em relação ao ano passado.
Adaptado de O Diário Online, 15/08/2014. Disponível em http://www.odiarioonline.com.br/noticia/26953/. Acessado em 20/08/2014.
Só 4 em cada 10 brasileiros compraram presentes no Dia dos Pais.
Época São Paulo, 17/08/2014. Disponível em http://epoca.globo.com/regional/sp/Consumo. Acessado em 20/08/2014.
Podemos afirmar que:
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