(UFU - 2021 - 1ª fase) A esposa colérica, o escravo astuto, o jovem apaixonado sem dinheiro, a meretriz, o parasita social. Esses são alguns dos personagens mais notórios da comédia de Plauto, dramaturgo romano nascido no século III a.C., cuja obra está entre os textos literários mais antigos preservados em latim. Pouco se sabe da vida de Tito Mácio Plauto (em latim, Titus Maccius Plautus). Sua biografia é conhecida apenas por testemunhos indiretos. Ele teria nascido em Sarsina, na região central italiana da Úmbria, por volta de 255 a.C. Há registros de que foi para Roma ainda jovem, possivelmente para trabalhar em bastidores de teatro, e tornou-se ator. Perdeu todo o seu dinheiro em um empreendimento náutico malsucedido, o que o teria arruinado por completo e o forçado à escravidão por dívida. Um texto do século II d.C. sugere ainda que Plauto começou a escrever peças de teatro justamente para escapar da penúria financeira. O que se conhece do dramaturgo sobrevive por meio de peças que escreveu. Ao todo, atualmente há 21 comédias de sua autoria. A produção de Plauto faz parte da chamada Comédia Nova Romana, ou comédia paliata. O gênero faz parte do período inicial da dramaturgia latina, entre os séculos III e II a.C. da república romana, um momento de florescimento cultural e literário.
TOLEDO, Carolina Rosseti de. O teatro do engano. Revista Pesquisa FAPESP. n. 216, fev. 2014. São Paulo: FAPESP. p. 78 (Fragmento adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta conjugações verbais que, no contexto em que aparecem no trecho acima, validam a afirmação de que “pouco se sabe sobre a vida de Tito Mácio Plauto”.
é conhecida; se sabe.
sugere; escapar.
tornou-se; se conhece.
teria nascido; teria arruinado.
Gabarito:
teria nascido; teria arruinado.
(UFU/MG)
Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.
Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.
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(UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”
Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
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(Ufu 2016) O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.
O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.
Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.
Só afrouxa a rédea depois do gozo.
Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.
BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82
Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina
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(UFU - 2016 - 1ª FASE)
DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso
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