Questão 75037

(UFU - 2021 - MEDICINA)

Assuma que um teste de laboratório para COVID-19 possui eficácia de 80% para detectar a doença quando a pessoa está infectada e apresenta resultado falso positivo em 1% dos testes, isto é, 1% das pessoas não infectadas pelo vírus da COVID-19, que são testadas, apresentam resultado positivo.

A) Em uma amostra de 10.000 pessoas da população, 30% possui COVID-19 e 70% não possui. Se essas pessoas fizerem o teste para COVID-19, qual é o número esperado de resultados positivos? Justifique sua resposta.

B) Admitindo-se que 2% da população possui COVID-19, qual é a probabilidade de que uma pessoa, escolhida ao acaso, teste positivo para COVID-19? Justifique sua resposta.

C) Ainda se admitindo que 2% da população possui COVID-19, qual é a probabilidade de que uma pessoa, escolhida ao acaso, tenha COVID-19, sabendo-se que seu teste foi positivo? Justifique sua resposta.

Gabarito:

Resolução:

A)

Como temos uma amostra de 10.000 pessoas em que 30% possuem covid-19:

30% 	ext{de}  10.000 = 3.000 pessoas infectadas

70% 	ext{de}  10.000 = 7.000 pessoas não infectadas

Como 80% das pessoas infectadas apresentarão resultado positivo: 80% 	ext{de}  3.000 = 2.400

Como 1% das pessoas não infectadas apresentarão resultado positivo: 1% 	ext{de}  7.000 = 70

Então os resultados positivos serão igual a 2.470.

 

B)

Chamando o total da população de P temos que o número de testes positivos:

80% 	ext{de}  2% 	ext{de}  P = 0,8 cdot 0,02 cdot P = 1,6%  	ext{de}  P

e

1% 	ext{de}  98% 	ext{de}  P = 0,01 cdot 0,98 cdot P = 0,98%  	ext{de}  P

O total de testes positivos é igual a 2,58% de P

Logo a probabilidade é de 2,58%

 

C)

Temos que 2% da população está com covid, então 80% de 2% da população, logo 1,6% cdot P.

Conforme o item B, o total da população que tetará positivo é de 2,58%.

Logo, a probabilidade é:

frac{1,6%}{2,58%} cdot P = frac{1,6}{2,58} cdot P approx 0,62 = 62%



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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