Questão 75009

(UFU - 2021)

Sejam 𝑓(𝑡) = 𝐴 + 𝐵2t a função que descreve a temperatura 𝑓(𝑡), em graus Farenheit (℉) e 𝑔(𝑡) = 𝑃 + 𝑄2t a função que descreve a temperatura 𝑔(𝑡), em graus Celsius (℃), de um determinado corpo em função do tempo 𝑡 em horas, onde 𝐴, 𝐵, 𝑃 e 𝑄 são constantes reais e 𝑡 ≥ 0.

Com base nessas informações, resolva os itens abaixo, justificando suas respostas.

A) Sabendo-se que inicialmente o corpo está à temperatura de 41 ℉ e que, após uma hora, sua temperatura é de 32 ℉, determine os valores de 𝐴 e 𝐵.

B) Sabendo-se que a relação de conversão entre as escalas de temperaturas Celsius e Farenheit é dada por frac{T_{C}}{5}= frac{T_{F}-32}{9} , onde 𝑇𝐶 e 𝑇𝐹 denotam as temperaturas em graus Celsius e Farenheit, respectivamente, determine os valores de 𝑃 e 𝑄.

Gabarito:

Resolução:

A)

f(0) = A+Bcdot 2^0

(I): 41 = A+B

Calculando f(1):

f(1) = A+Bcdot 2^1

(II): 32 = A+2B

Fazendo (II)-(I):

B=-9

Logo:

A+B = 41

A-9 = 41

A = 50

B)

Aplicando a fórmula para t=0:

frac{T_c}{5} = frac{41-32}{9}

frac{T_c}{5} =1

T_c = 5

Então:

g(0) = P + Q cdot 2^0

(I): 5 = P + Q

Agora com t=1:

frac{T_c}{5} = frac{32-32}{9}

T_c = 0

g(1) = P + Q cdot 2^1

(II): 0 = P + 2Q

Fazendo (II)-(I):

Q=-5

Então P=10



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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